Osimhen procura redenção após falhar Mundial: "A única forma de o fazer é vencer a CAN"
No final de 2023, o avançado do Nápoles recebeu o troféu de Jogador Africano do Ano, conseguindo ficar à frente de Mohamed Salah, do Egipto, e Achraf Hakimi, de Marrocos, tornando-se o primeiro nigeriano a conquistar esse prémio desde Nwankwo Kanu, em 1999.
Osimhen ajudou o Nápoles a conquistar o primeiro título italiano em 33 anos e também marcou regularmente golos pelas Super Águias, mas, no meio do sucesso, também houve tristeza para o jogador de 24 anos, que, quando era adolescente, vendia jornais e água engarrafada nas ruas movimentadas de Lagos para ganhar a vida.
O dia que há muito assombra Osimhen é 29 de março de 2022, no Estádio Nacional Moshood Abiola, em Abuja, capital da Nigéria. Mais cedo, a Nigéria deslocou-se a Gana, um rival regional de longa data, e empatou 0-0 no primeiro de dois jogos para determinar se as Super Águias se qualificariam para o Mundial-2022.
Os adeptos nigerianos acorreram ao estádio nacional, na esperança de que a equipa da casa fizesse bom uso da vantagem e garantisse um lugar no Mundial do Catar, mas esses sonhos foram frustrados com o empate 1-1 com o Gana, que se qualificou graças aos golos marcados fora de casa e negou a Osimhen e aos seus companheiros um lugar no palco internacional mais importante de todos.
"Não podíamos ter pedido mais aos nossos adeptos em Abuja naquela noite", disse Osimhen aos jornalistas antes de deixar Itália para se juntar à equipa orientada por José Peseiro.
"Eles torceram por nós do primeiro ao último minuto. O barulho que fizeram foi ensurdecedor, mas deixámo-los ficar mal e isso prejudicou-nos. Os nigerianos mereciam melhor".
Agora, Osimhen acredita ter encontrado o antídoto perfeito para o sofrimento persistente dos adeptos: a Nigéria tem de vencer a quarta Taça das Nações Africanas da sua história.
As Super Águias triunfaram em casa em 1980, com três golos sem resposta frente à Argélia, depois venceram a Zâmbia por 2-1 em Tunes, em 1994, e o Burkina Faso por 1-0 em Joanesburgo, em 2013.
Desde que venceu o Burkina Faso, a Nigéria tem tido uma campanha de altos e baixos na CAN, falhando a qualificação em 2015 e 2017, terminando em terceiro lugar em 2019 e sendo eliminada nos oitavos de final há dois anos.
"Somos capazes de vencer este torneio porque a equipa está cheia de jogadores que estão a ter um desempenho excecional nos seus clubes europeus. Todos queremos compensar o facto de não termos conseguido a qualificação para o Mundial de 2022. A única forma de o fazer é vencer a Taça das Nações Africanas", afirmou o avançado do Nápoles.