Ounahi: "Se tivermos um grupo unido, temos equipa para ganhar a CAN"

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Ounahi: "Se tivermos um grupo unido, temos equipa para ganhar a CAN"

Azzedine Ounahi, médio marroquino do Marselha
Azzedine Ounahi, médio marroquino do MarselhaAFP
Azzedine Ounahi, médio de 23 anos do Marselha, falou à RMC Sport sobre a Taça das Nações Africanas, que começará a disputar por Marrocos a 13 de janeiro, e sobre a sua passagem pelo emblema francês esta temporada.

A sua mente está concentrada na CAN. Azzedine Ounahi vai iniciar em breve a competição africana e vai tentar ajudar Marrocos a conquistar o título. Entrevistado pela RMC Sport antes do torneio, o médio fez questão de expressar as suas expectativas, mas também foi questionado sobre as suas atuações pelo Marselha.

"Estou a sorrir outra vez"

O jogador do Marselha começou a temporada 2023/2024 da melhor maneira possível, com um belo golo contra o Reims. Cinco meses depois desse golo, teve os seus altos e baixos.

Útil e às vezes invisível, acabou por encontrar o seu ritmo na equipa do Marselha e "recuperou a confiança" antes do final do ano civil.

"Quando passamos por momentos muito difíceis na vida... Somos jogadores, mas acima de tudo somos seres humanos, então tudo está na nossa cabeça. Agora voltei a sorrir um pouco e estou a progredir. Estou a trabalhar muito fora do campo. Também contratei um preparador físico que trabalha comigo depois das sessões. A série de jogos que disputei com o Marselha vai ser muito útil para a Taça das Nações Africanas e permitir-me-á estar realmente 100% pronto", disse, orgulhoso, à RMC Sport.

É preciso dizer que o registo de Ounahi esta época não tem sido o melhor. Com 11 jogos na Ligue 1 e apenas dois golos marcados, o jogador não está nem perto do nível que teve durante o Campeonato do Mundo de 2022. Uma situação que conhece bem e que quer mudar, começando já pelas exibições na Taça das Nações Africanas.

"Sou muito duro comigo próprio. Quando não estou bem, não estou bem. Tenho uma pessoa com quem trabalho antes e depois dos jogos. Assim que ele vê que o meu desempenho está a cair um pouco, fala logo comigo. Eu sentia que não estava bem, que não era o verdadeiro Ounahi. Não estava a 100%, não estava em mim. Claro que algumas coisas foram muito difíceis de aceitar. Mas a vida é assim mesmo. Por vezes, temos de aceitar e seguir em frente, e foi isso que eu fiz. Agora estou a trabalhar, estou mais concentrado do que antes, o que significa que estou a voltar ao ritmo e ao Ounahi do Campeonato do Mundo", explicou o médio marroquino.

Ambições assumidas

Depois do incrível desempenho no Mundial do Catar, a seleção de Ounahi precisa de repetir o feito e aproveitar todas as oportunidades na CAN. Motivado, o jogador está ciente disso e disse que a diferença será feita mentalmente.

"Sempre disse que não há um único jogo fácil na Taça das Nações Africanas. Seja na CAN ou nas eliminatórias: um jogo em África não é um jogo fácil. O clima não é o mesmo que na Europa, os campos não são os mesmos. Muitas coisas mudam. Vimos que as atitudes mudaram desde o Campeonato do Mundo. Agora somos a equipa a abater. Quer se trate de um jogo amigável ou de um jogo de competição, todos querem ganhar-nos. É isso que nos vai obrigar a estar 100% concentrados e focados em cada jogo. Recentemente, jogámos contra a Costa do Marfim na Costa do Marfim. Vimos que todos estavam a 200% para nos vencer. Os seus adeptos, o seu treinador... A Taça das Nações Africanas vai ser muito difícil. Não vamos menosprezar nenhuma equipa. O que vai interessar também é fora do campo. Temos de nos manter concentrados", explicou Ounahi.

Agora mais fortes e confiantes, os leões do Atlas chegarão à Costa do Marfim com o último Mundial em mente. Eliminados pela França nas meias-finais, enfrentaram um bom número de seleções e conhecem tanto os pontos fracos quanto os fortes. Cabe aos jogadores e à equipa técnica trabalharem arduamente para garantir o seu sucesso.

"Walid Regragui mudou muita coisa. É uma pessoa que se concentra verdadeiramente no grupo e não nos indivíduos. Vimos isso durante o Campeonato do Mundo. Começámos com uma equipa e acabámos com outra equipa. Havia muitos jogadores formados em Marrocos. Na Taça das Nações Africanas, vai ser a mesma coisa: há uma equipa que vai começar e há uma equipa que vai acabar. Só que não podemos cometer o mesmo erro. Chegámos à meia-final com muitos jogadores lesionados, muitos jogadores com problemas. Não estávamos a 100%. Se tivermos um grupo muito unido e entrarmos em modo de missão, acho que temos a equipa para ganhar a CAN", assumiu o médio do Marselha.

Ounahi também elogiou as qualidades do seu treinador. Para ele, não há dúvidas. Eles fizeram a diferença no Catar. E podem voltar a fazê-lo no início de 2024.

"Antes de mais nada, ele é como um irmão mais velho para nós. É alguém que já vestiu a camisola da seleção nacional, é marroquino. Já esteve na nossa pele durante um dia e sabe muito bem o que é bom e o que não é para o grupo. Foi jogador, por isso conhece o vício, o que se diz no balneário, o que se diz noutros sítios... Sabe muito bem o que se passa fora do campo também. Mudou muitas coisas no grupo e na seleção nacional. É alguém que gere os jogadores com a sua própria mentalidade, e não os gere da mesma maneira. É assim o futebol moderno. Não se pode gerir dois jogadores diferentes da mesma forma", defendeu Ounahi.