Mbokazi capitaneou os Pirates na conquista da Carling Knockout em Polokwane no sábado e regressou de imediato a casa, em Durban, antes de se apresentar ao clube na segunda-feira.
Broos adota uma postura de tolerância zero quanto ao profissionalismo dos seus jogadores e não poupou críticas tanto a Mbokazi como ao Pirates pelas justificações apresentadas.
“Não estou satisfeito com o que ele fez,” afirmou Broos aos jornalistas na quarta-feira. “Informou-nos de que perdeu o voo de Durban ontem. Foi o treinador dos Pirates (Abdeslam) Ouaddou quem me avisou. Estava muito irritado por Mbokazi ter perdido o voo. Foram estas as palavras dele: ‘atitude pouco profissional’.” Depois, os Pirates enviaram-me uma mensagem sem sentido. Não vou dizer o que era, mas era disparatado. É ainda pior quando o clube protege o jogador. Isto é muito mau. Tens 20 anos e foste convocado para jogar na CAN e no Mundial do próximo ano. Damos-te mais uns dias de folga... (mas) quem tem boa atitude nem quer os dias de folga e está aqui logo na segunda-feira.”
Broos diz que já abordou a situação com o jogador.
“Vou falar com ele depois do treino. Ele é um rapaz negro, mas quando sair do meu gabinete vai estar branco (de medo). Eu sei porque (perdeu o voo). De repente pensa que é uma estrela. Esta é a atitude de uma estrela – ‘eu decido quando chego’.”
Broos também criticou a transferência de Mbokazi para o Chicago Fire da Major League Soccer, quando muitos acreditam que já tem qualidade para jogar numa das cinco principais ligas europeias.
“O que vai ele fazer em Chicago?” questionou Broos. “Nem sequer é uma das melhores equipas dos Estados Unidos. Mas eu sei o que aconteceu. Uma agente (Basia Michaels), que é uma mulher simpática e pensa que percebe de futebol, está a fazer o que muitos agentes fazem agora. Perguntam: ‘Quanto (dinheiro) posso ganhar?’ Se fossem inteligentes, perceberiam que vem aí a CAN e um Mundial, e que há equipas melhores. O que vai ele (Mbokazi) fazer numa cidade tão grande? Não, não acho que seja uma boa escolha.”