Recorde as incidências da partida
Último jogo dos quartos de final da Taça de França e, evidentemente, o mais complicado. No canto direito, o Stade Briochin, um clube da National 2, pode, no entanto, inspirar-se na sua vitória sobre o Nice na ronda anterior e na qualificação do seu colega Cannes no dia anterior. No canto esquerdo, o Paris Saint-Germain, a melhor equipa de França. Será que a gloriosa incerteza do desporto ainda faz milagres?
Num Roazhon Park lotado, os bretões deram ao PSG o controlo da bola, como esperado, mas não se esquivaram de alguns contra-ataques. No entanto, o Paris SG esteve perto de abrir o marcador na sequência de um canto que Gonçalo Ramos não conseguiu converter, e depois num segundo canto em que o avançado português viu a sua investida travada por Franck L'Hostis (9').
A sanção caiu logo a seguir, quando Désiré Doué armou um remate desviado que tocou na barra. João Neves foi o primeiro a reagir e fez a rede abanar a favor dos parisienses pela primeira vez.
A partir daí, o jogo passou a ser logicamente de ataque e defesa. Um remate de Fabián Ruiz à barra (23'), as oportunidades continuavam a surgir e a questão não era se o PSG iria duplicar a vantagem, mas sim quando. E foi o que aconteceu, aos 35 minutos, quando um cruzamento perfeito de Senny Mayulu encontrou Gonçalo Ramos, que finalmente fez o 2-0.
Fazia sentido: o PSG estava por cima e, apesar da sua generosidade, o Saint-Brieuc não conseguia incomodar a defesa adversária, à exceção de um remate de Léo Yobé. Ao intervalo, o PSG estava a controlar a partida. Logo a seguir, Khvicha Kvaratskhelia, tocado por Doué, foi desviado para a área, permitindo a Gonçalo Ramos aumentar a sua conta de pénalti. O jogo estava terminado.
E mais ainda quando Désiré Doué recompensou a sua boa exibição com um remate em arco à entrada da área (55'). Gonçalo Ramos fez um hat-trick, o seu primeiro com a camisola parisiense, antes das substituições de ambos os lados.
Mas a avalanche de golos não parou por aí. Senny Mayulu, em destaque esta noite, também marcou um golo, no final de uma bela jogada de equipa (66'), antes de o Paris SG finalmente se soltar, deixando o adversário com a esperança de recuperar algum orgulho para recompensar uma multidão que esperava por isso. Em vez disso, foi presenteado com outro golo, desta vez de Ousmane Dembélé, que se juntou aos festejos.
Assim, o Paris venceu por 0-7 e ficou com um lugar reservado entre os quatro melhores. Foi uma vitória lógica, um resultado que representa a diferença de classe entre as duas equipas. O fim de uma grande aventura para o Stade Briochin, a continuação de mais uma campanha de sucesso na Taça de França. É difícil imaginar quem poderia impedir o PSG de manter o seu título...