Mais

Taça de França: Luís Castro ainda sonhou até ao PSG acordar a tempo de chegar à final (2-4)

O golo de empate de Marquinhos mudou muita coisa...
O golo de empate de Marquinhos mudou muita coisa...Sameer Al-Doumy / AFP
A perder ao intervalo e com sérios problemas defensivos, o Paris Saint-Germain teve de se esforçar ao máximo para fazer bater uma esplêndida equipa do Dunquerque, orientada pelo português Luís Castro. O PSG segue para mais uma final da Taça de França.

Recorde aqui as inicdências do encontro

Apesar de o USL Dunquerque estar a ser uma das equipas da época na Ligue 2, de ter feito uma excelente prestação na Taça e de ter tomado conta do Stade Pierre-Mauroy para a ocasião, parecia inimaginável que eliminasse o Paris Saint-Germain. Tudo o que restava era a gloriosa incerteza do desporto... Diogo Queirós foi titular na formação de Luís Castro.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Uma incerteza que Luis Enrique queria evitar e, por isso, trouxe a artilharia pesada para esta noite. Naturalmente, o PSG não demorou a cercar a baliza contra uma defesa que se defendia obstinadamente. Mas bastou uma jogada e um livre bem cabeceado por Alec Georgen para o ex-Boavista Vincent Sasso, com a ajuda da barra, bater Matveï Safonov e levar o estádio ao rubro, logo aos sete minutos.

O Dunquerque tinha feito o mais difícil e estava determinado a manter a sua preciosa vantagem. O PSG tentava dar a volta à situação, com vários cantos, mas não conseguia encontrar uma solução perante uma defesa tão fechada. E o impensável aconteceu quando Muhannad Al-Saad aproveitou o desvio de Gaëtan Courtet num pontapé do guarda-redes e uma desconcentração da defesa parisiense para dobrar a vantagem (27').

O Stade Pierre-Mauroy estava atónito. Foi preciso um movimento preciso e um remate perfeito de Achraf Hakimi para que Ousmane Dembélé encontrasse finalmente a baliza pouco antes do intervalo. Mas a defesa continuava a tremer, e quase surgiu o terceiro golo nos descontos. Ao intervalo, o 2-1 ameaçava uma queda retumbante.

Infelizmente para os anfitirões, os parisienses precisaram de menos de três minutos para empatar, quando um canto encontrou Marquinhos sozinho ao segundo poste. Mas, longe de perderem a compostura, os nórdicos quase marcaram o terceiro, por Naatan Skytta.

Inevitavelmente, a pressão parisiense intensificou-se, até assumir a liderança, com um remate de Désiré Doué desviado pela defesa que atriu Ewen Jaouen (62'). O jogo tinha virado, porque o Paris estava finalmente a respeitar o seu adversário.

O Dunkerque deu tudo de si na batalha. Afinal, só precisava de um golo. Kay Tejan ficou muito perto de voltar a surprrender, mas só conseguiu acertar na malha lateral já perto do fim. Em tempo de descontos, surgiu o canto do cisne de uma valente equipa do norte. Dembélé finalmente rompeu a defesa para crucificar Jaouen e dar o toque final a um encontro magnífico.

Com o resultado, o PSG venceu por 2-4 e agora pode sonhar com mais um título da Taça da França. Mas o Dunquerque não foi presa fácil para os parisienses, que certamente se sentiram muito à-vontade no início do jogo. Foi uma bela meia-final, longe de ser o confronto unilateral que esperávamos, e (quase) a magia da Taça...