Revel 0-9 PSG
O Paris Saint-Germain não tem o hábito de perder com uma equipa de uma divisão inferior, e embora isso tenha acontecido contra o Clermont em 1997, quando o clube jogava na CFA (agora N2) e contra o Rodez ( então na National) em 2009, a viagem a Castres para enfrentar o Revel, promovido e líder do seu grupo na R1 (Sexta divisão), deixou poucas dúvidas quanto ao resultado, mesmo antes do pontapé de saída.
Capitão, Kylian Mbappé abriu o marcador aos 16 minutos. Servido por Carlos Soler, aproveitou as brechas decisivas para fazer um remate de pé esquerdo imparável. Antes disso, o guarda-redes Cyril Garcia tinha-se destacado ao bloquear um remate forte de Gonçalo Ramos (2 minutos) e de Marco Asensio, colocado por Nordi Mukiele (15'). Depois, Pierre Ritter tentou um remate por cima de Keylor Navas, que estava de novo em campo, mas não conseguiu apanhar o costa-riquenho desprevenido (15'). Era a segunda vez que Revel tentava de longe, depois de um remate de Jean Boyer (9').
Garcia sabia o que esperar em termos de defesas. Mais uma vez, foi ele que se impôs a Asensio, que rematou com o pé esquerdo após um remate de Manuel Ugarte, que tinha sido escalado como defesa central por Luis Enrique (20').
O PSG pressiona pela direita. Mukiele ficou frente a frente com Garcia (28) e o seu remate cruzado passou muito perto do poste mais distante (30'). No relvado do Castres Olympique, Mbappé prestou homenagem ao râguebi ao enviar um pontapé de baliza, que foi consequência de um falso ressalto pouco antes do seu remate (33').
Os adeptos começavam a sentir o cansaço, mas Maxime Zahil deu um pouco de esperança às bancadas do Pierre-Fabre. Com outro remate de longa distância forçou Navas a cometer um erro sem consequências (36'). Mas dois minutos depois, Maxime N'Guessan marcou um golo contra quando Mukiele cruzou para Ramos (38').
Apesar de Mbappé ter falhado com o pé direito quando tinha a baliza aberta (40'), Asensio marcou o terceiro golo do PSG, após uma assistência de Soler (43'). A ligação espanhola estava a funcionar na perfeição. Pouco antes do intervalo, o ex-valenciano encontrou o ex-madridista com um cruzamento. Asensio, com magia, cruzou para Mbappé que catapultou a bola com a cabeça, para variar, por baixo da trave (45'). Foi uma obra-prima e talvez uma nomeação para o Prémio Puskas no final da época...
A segunda parte começou como terminou a primeira, com Mbappé a marcar após um passe de Asensio (48'). Foi o seu 30.º golo na Taça de França, tornando-se o quinto melhor marcador da história da competição e o melhor marcador do seu clube.
As oportunidades eram escassas para o Revel, mas Ritter tentou a sua sorte a 35 metros de distância, com força mas sem precisão suficiente (52').
Apesar do mercúrio a aproximar-se do 0, Garcia manteve-se quente. O guarda-redes defendeu um remate de Mbappé (55' e 67', a passe de Randal Kolo Muani, que teve pouca influência). Por outro lado, cometeu uma falta sobre Ramos, que converteu a grande penalidade (71').
Mbappé fez um slalom especial através da defesa, mas Garcia empurrou o seu remate para fora, antes de bater a cabeça de Mukiele no canto resultante (75'). O capitão teve um papel fundamental no sétimo golo do Paris: após assistência de Asensio, Mukiele cruzou forte para a baliza, mas o capitão deixou escapar a bola para Kolo Muani marcar para a baliza vazia (76').
Senny Mayulu, de 17 anos, lançou Kolo Muani, que falhou o remate à queima-roupa (86') e depois Asensio, que também não acertou no alvo (87'). Por outro lado, Cher Ndour, titular da equipa principal, fez uma grande defesa a um remate de Mbappé (87'). Kolo Muani, apesar de um lançamento longo de Danilo Pereira, bateu o desvio de Garcia para completar o marcador (90').
O PSG não encarou de ânimo leve o seu primeiro jogo de 2024. Foi um belo ensaio geral antes do retorno da Ligue 1, com um confronto contra o Lens no próximo domingo.
