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O Milan tem uma história atribulada com a Taça de Itália: só a conquistou por cinco vezes, a última das quais em 2003, muito longe do recorde da Juventus (15) ou mesmo dos nove títulos conquistados pela Roma ou pelo Inter.
Os seus tifosi - e também os seus gestores e contabilistas - esperam que esta alergia à competição criada em 1922 (um recorde de nove finais perdidas) lhes dê algum descanso desta vez no Estádio Olímpico de Roma.
Porque, apesar de os rossoneri terem recuperado no campeonato (8.º) e estarem a apenas três pontos do 6.º lugar de qualificação para a Liga Conferência, há um engarrafamento na frente.
Da Juve (4.º) à Fiorentina (9.º), seis equipas estão a menos de quatro pontos umas das outras a dois jogos do fim do campeonato, enquanto apenas um adversário, o Bolonha, se interpõe entre a Taça de Itália, que oferece ao seu vencedor um bilhete para a Liga Europa, e o Milan. "Um clube histórico como o AC Milan não se pode contentar com um 9.º lugar na Serie A", resumiu Sérgio Conceição.
"Todos temos arrependimentos e frustrações pela forma como esta época decorreu", observou o treinador português que, pouco depois de ter chegado no final de dezembro para substituir o seu compatriota Paulo Fonseca, presenteou o seu novo clube com a Supertaça de Itália, ao derrotar o Inter na final.
Eliminado pelo Feyenoord
Desde então, no entanto, a sua estrela diminuiu consideravelmente, especialmente depois de ter sido eliminado da Liga dos Campeões no play-off pelo Feyenoord e de um mês de fevereiro calamitoso.
Desde então, a sua equipa eliminou o rival Inter nas meias-finais da Taça (1-1 na primeira mão, 3-0 na segunda), mas mesmo uma coroação na noite de quarta-feira pode não ser suficiente para salvar as suas cabeças.
"Não é importante falar sobre Conceição, o que importa é o próximo jogo e ganhar um troféu", disse.
Nos bastidores, a hierarquia milanesa, centrada no proprietário Gerry Cardinale e no seu conselheiro especial, o antigo avançado Zlatan Ibrahimovic, muito criticado pelos adeptos, já terá entrado em contacto com Massimiliano Allegri, despedido pela Juventus há pouco mais de um ano devido às suas explosões contra o árbitro e um jornalista após a conquista da Taça de Itália.
Por seu lado, o Bolonha, impulsionado pelo avançado Riccardo Orsolini (13 golos no campeonato, seis dos quais desde o início de março), espera pôr fim à longa espera dos seus adeptos. Os rossoblu não conquistam um título desde que venceram a Taça de Itália pela segunda vez em 1974.
