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Tarefa extra antes do Taskmaster: Sporting elimina Paços no prolongamento

Atualizado
Alisson foi titular pela primeira vez
Alisson foi titular pela primeira vezMANUEL FERNANDO ARAUJO/LUSA, Opta by Stats Perform

A missão parecia simples, mas o Sporting precisou de 120 minutos para a cumprir. Em Paços de Ferreira, a equipa leonina sofreu mais do que esperava para eliminar (2-3) um adversário sem vitórias na Liga 2, adiando o apuramento (e o Taskmaster) até ao fim do prolongamento. Lumongo (18') e João Victor (49') fizeram os golos dos castores, mas Pote (22'), Ioannidis (61') e um autogolo de Tiago Ferreira (104') ditaram a continuidade dos atuais detentores da competição. Segue-se o vencedor do Anadia - Marinhense.

Recorde aqui as incidências da partida

O episódio 4 da nova temporada de Taskmaster estava marcado para este sábado. Ao contrário do que é normal, a primeira missão do dia foi passada em Paços de Ferreira. Depois de ler o envelope, os sportinguistas esperavam mais um dia no escritório, até porque pela frente estava uma equipa sem vitórias na Liga 2 e a lutar pela manutenção no segundo escalão, mas as temporadas passadas já tinha mostrado que é preciso esperar sempre algumas reviravoltas para cumprir os desafios entregues por Nuno Markl.

Os onzes das duas equipas
Os onzes das duas equipasFlashscore

Guião inesperado

Apesar de toda a responsabilidade, Rui Borges foi mais audaz do que Mourinho e Farioli no que toca a mexidas no onze. Além da entrada de João Virgínia e do regresso de Diomande, o Sporting entrou com várias novidades neste episódio de Taça, evitando apenas uma alteração no miolo, que voltou a ter Hjulmand e Morita.

Apesar destes retoques, o Sporting entrou adormecido na Capital do Móvel e foi obrigado a perceber cedo que teria de ligar o modo competitivo para ultrapassar esta tarefa em Paços de Ferreira. Depois de alguns avisos tímidos, a equipa de Filipe Cândido abriu mesmo o marcador por Ronaldo Lumongo (19'), que combinou com João Victor e fez o 1-0, aproveitando a forma errática como os jogadores leoninos defenderam aquele lance.

O remate do extremo pacense fez abanar as redes da baliza de João Virgínia, mas também as cabeças dos jogadores do Sporting, que ofensivamente já estava a dar alguns sinais antes do golo inaugural. Pedro Gonçalves rematou ao lado no primeiro ensaio, mas fez o 1-1 com um remate de pé esquerdo (22'), num lance em que Ioannidis parecia ter sofrido grande penalidade.

A partir desse momento, quase só deu Sporting. O susto serviu para não dar tantas abébias, apesar de Diomande ainda ter gritado quase aos ouvidos de Vagiannidis por um erro a formar a linha de fora de jogo, e os leões carregaram à procura da reviravolta antes do intervalo. Pedro Gonçalves continuou a ser o mais perigoso, Alisson, Ioannidis e Quenda também tentaram, mas Jeimes, apesar da intranquilidade em alguns lances, acabou por praticamente nem ter de intervir para segurar o 1-1 antes do apito que assinalou o regresso aos balneários.

Taskmaster teve de esperar

Antes da partida, Rui Borges tinha garantido que a maior motivação do Sporting era defender as provas que conquistou na época passada, mas em Paços de Ferreira nem sempre se viu essa motivação. Alisson tentou o 1-2 assim que regressou para a segunda parte, mas o flanco esquerdo foi passivo a defender uma iniciativa aparentemente inofensiva dos castores e João Victor (49') aproveitou para fazer o 2-1, novamente com Lumongo na jogada, desta vez a aproveitar as debilidades de Ricardo Mangas, num lance que também gerou polémica e que, com VAR, seria anulado por mão na bola no início do mesmo.

Num cenário em tudo idêntico ao da primeira parte, o Sporting voltou a ser reativo e carregou junto à área do Paços de Ferreira, mesmo sem conseguir criar oportunidades claras, tal como nos 45 minutos iniciais. Alisson abusou das tentativas de remate, mas foi na sequência de um pontapé de canto que surgiu o empate. Ioannidis (61') antecipou-se a Jeimes e fez o 2-2 de cabeça quando Rui Borges já tinha lançado Fresneda e Trincão.

É certo que a partir do 2-2, João Virgínia foi um mero espectador, mas apesar das mexidas de Rui Borges, que foi obrigado a juntar Luis Suárez a Ioannidis, o Sporting continuou a jogar a passo, acreditando que, mais tarde ou mais cedo, a eliminatória iria ficar resolvida sem necessidade de prolongamento. O avançado colombiano teve o triunfo nos pés, após excelente lance de Fresneda, mas desviou ao lado e foi mesmo preciso recorrer a 30 minutos extra, para tristeza de todos aqueles que esperavam ansiosamente pelo Taskmaster na RTP.

Uma espécie de segundo envelope depois da primeira tarefa não ter sido cumprida pelos leões. Já sem gás, o Paços de Ferreira teve pouca iniciativa no tempo extra e o Sporting instalou-se no miolo pacense, sempre com Fresneda a intervir de forma desequilibradora, mas sem ninguém com capacidade para bater Jeimes, que negou o golo a Pote (98') antes de Tiago Ferreira ter um desvio infeliz (104') que deixou a equipa de Rui Borges pela primeira vez em vantagem.

Os restantes 15 minutos foram uma espécie de sacrifício para as duas equipas, que vão agora focar-se em missões diferentes.

"Tudo aquilo que precisam de saber está no envelope".

Homem do jogo Flashscore: Pedro Gonçalves (Sporting)