Recorde as incidências da partida
Fechado o capítulo das seleções, o futebol de clubes regressou a Portugal com a 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, com o Benfica a visitar o Atlético, no Estádio do Restelo, para o grande aperitivo de um cardápio que promete muitas emoções por esse país fora neste fim de semana.
Apesar da diferença de escalões - dois degraus separam os dois emblemas lisboetas -, Mourinho foi Mourinho e não promoveu grandes mudanças no onze, mantendo a espinha dorsal da equipa e dando oportunidade apenas aos dois Rêgos, Rodrigo e João. Tudo isto frente a um Atlético que apresentou um jovem de 17 anos no onze inicial.
Pouca parra e pouca uva
Sem medo de olhar o Benfica nos olhos, o Atlético apresentou-se fiel à sua identidade e não se atemorizou perante o recordista de títulos da prova rainha. O emblema de Alcântara teve as melhores oportunidades no primeiro tempo, nomeadamente um pontapé de bicicleta de Délcio, aos 39 minutos, para uma boa defesa de Samuel Soares.
Do lado das águias, a estrutura em 5-3-2, com Rodrigo Rêgo como ala esquerdo e Ivanovic a partilhar o ataque com Pavlidis, simplesmente não funcionou. A equipa sentiu muitas dificuldades perante a pressão alta dos alcanterenses.
O melhor que a turma de Mourinho conseguiu foi apenas um remate de Dedic, para defesa de Rodrigo Dias. Ou seja, muito pouco para um candidato ao título.
Era preciso mais no segundo tempo, e o experiente treinador dos encarnados percebeu isso melhor do que ninguém.
Revolução e três minutos à Benfica
Mourinho não esteve com grandes contemplações. Quatro alterações de uma assentada no arranque da segunda parte e mudança na estrutura tática para tentar fazer melhor. E não era difícil.
O reinício foi algo lento, mas as cartadas lançadas pelo treinador do Benfica acabaram por surtir efeito, com Ríos a limpar as más vibrações e a estrear-se a marcar com a camisola das águias, aos 73 minutos, na sequência de um lance de bola parada.
O golo abalou a estrutura do Atlético e, volvidos três minutos, o experiente Paulinho travou Leandro Barreiro à margem da lei, já dentro da área. O árbitro Fábio Veríssimo não teve dúvidas e apontou para a marca dos onze metros, onde Pavlidis fixou o 0-2. Nessa mesma marca, Otamendi desperdiçou ainda um penálti, aos 90+2'.
Contas feitas, o Benfica cumpriu a missão, mas ficou longe de convencer. A vitória garante presença nos oitavos de final da Taça de Portugal, porém a exibição apagada no Restelo deixa sinais de alerta. Mourinho terá matéria para refletir, sobretudo numa noite em que a eficácia falou mais alto do que a qualidade de jogo.
Melhor em campo Flashscore: Aursnes (Benfica)
