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Cabeça à chuva, pensamento no Real Madrid: SC Braga elimina Rebordosa (2-0)

A festa de Rony Lopes no primeiro golo do SC Braga
A festa de Rony Lopes no primeiro golo do SC BragaLUSA
O emblema bracarense confirmou o favoritismo perante o Rebordosa do Campeonato de Portugal e seguiu em frente na Taça de Portugal. Exibição suficiente dos comandados de Artur Jorge, que beneficiaram de um vermelho para os adversários no início da segunda parte, e que se prepararam agora para defrontar o Real Madrid.

Reveja aqui as principais incidências da partida

Duelo grande para o Rebordosa. Esta modesta equipa do Campeonato de Portugal recebia o finalista vencido da última edição da Taça de Portugal e nem o mau tempo que se fez sentir no país estragou a festa de um muito bem composto Complexo Desportivo Monte Azevedo.

Em relação ao conjunto que venceu o Gondomar, Arlindo Gomes fez apenas uma mudança, com a entrada de Hugo Alves na equipa titular. Já o Artur Jorge foi mais revolucionário no SC Braga, em que só José Fonte e Adrian Marín sobreviveram em relação aos onze que bateram o Rio Ave na última jornada da Liga. Nota ainda para o facto de Vítor Carvalho atuar na lateral-direita, devido às ausências de Víctor Gómez (lesionado) e Joe Mendes (esteve nos sub-21 da Suécia).

As escolhas dos treinadores
As escolhas dos treinadoresFlashscore

A tranquilidade cedo

Será difícil encontrar um maior paradoxo do que aquele que o SC Braga vai enfrentar esta semana. No espaço de cinco dias, a equipa de Artur Jorge vai passar de encarar o modesto Rebordosa para ter pela frente o Real Madrid, num duelo sonhado por muitos.

Talvez por isso, e também pela intempérie, se explique a exibição pouco entusiasmante dos arsenalistas. Um golo de Rony Lopes, numa jogada bem urdida pela direita, trouxe a tranquilidade ao SC Braga logo aos 10 minutos.

E no comando da partida, o conjunto minhoto relaxou. Foi-se preocupando em controlar os tempos da partida, sem muita vontade de visar a baliza adversária e preocupado, sobretudo, em nunca perder o controlo.

O certo é que o conseguiu. O Rebordosa lutou e procurou sempre dividir o jogo, mas fora uma defesa apertada a remate de Miguel Silva, Tiago Sá não teve muito mais trabalho.

Partida foi disputado debaixo de uma intempérie
Partida foi disputado debaixo de uma intempérieLUSA

Vermelho travou o sonho

O segundo tempo apresentava-se como uma nova oportunidade para o Rebordosa reagir, mas a esperança dos homens da casa terminou aos 47 minutos. Hugo Alves pisou inadvertidamente Abel Ruiz e viu o segundo amarelo.

Reduzidos a 10, os homens da casa claudicaram sobre o peso da exigência física que já seria grande para profissionais, quanto mais para jogadores que só se concentraram às 15:00 porque durante a manhã estiveram nos respetivos empregos.

Lançado no segundo tempo, Álvaro Djaló (62 minutos) colocou um ponto final na partida com outro remate colocado. Os anfitriões não perderam o espírito com o golo, mas as pernas já pesavam e o SC Braga agora com os principais nomes em campo (Ricardo Horta teve minutos após a lesão) estava descansado no controlo.

O remate à trave de Diogo Almeida (77 minutos) foi o canto do cisne do Rebordosa na Taça de Portugal. A equipa despede-se com uma excelente imagem da Taça de Portugal.

Quanto ao SC Braga vai agora focar-se num dos maiores duelos da história do conjunto arsenalista e no maior palco: a Liga dos Campeões. Trabalho que vai ser feito com o conforto da quinta vitória consecutiva, algo inédito esta temporada.