Recorde as incidências da partida
Gonçalo Nunes (treinador do Torreense):
“Não fomos a única equipa a derrotar o Benfica, o Sporting também as tinha derrotado no início, quando conquistou a Supertaça. Fomos a segunda equipa a fazê-lo e, hoje, sentimos o golo sofrido como uma situação mais casual do jogo.
Já tinha feito um pouco esta inconfidência: este grupo (equipa técnica) vai permanecer. Portanto, acho que o futuro imediato é risonho, queremos e vamos continuar a confiar muito no trabalho que fazemos, porque não queremos só ter aquele ano, aquela equipa e aquela surpresa. Queremos continuar a ter a identidade que temos tido até aqui, continuar a ser irreverentes e ousados.
Não vamos falar nem de resultados nem de classificações, mas acima de tudo queremos continuar a ser uma equipa extremamente competitiva, ousada e irreverente e que vai jogar contra quem for, em que prova for e em que campo for, sempre confiante de que terá argumentos para discutir a vitória, as conquistas ou os três pontos, sabendo que, depois, temos de respeitar, ser sempre humildes e fazer muito bem o nosso trabalho de casa porque cada adversário oferece realidades e diversidades diferentes.
Temos também todos noção, e este grupo de trabalho também a tem, de que a responsabilidade agora aumenta muito porque agora já não somos surpresa ou outsiders. Acho que isso ficou bem vincado durante a época, o que esta equipa tem capacidade para fazer, mas vamos continuar a trabalhar para no mínimo continuarmos a ser aquilo que fomos esta época.”
Rafaela Rufino (jogadora do Torreense):
“Fui construindo a ideia e percebendo o que é a Taça de Portugal para vocês (portugueses) e já tinha tido a oportunidade de chegar a uma meia-final, curiosamente aqui contra o mister (Gonçalo Nunes), e consegui sentir um pouco do que é a emoção, que para mim já tinha sido muito grande. E isto que agora estou a sentir não vos consigo explicar, é inexplicável.”
Filipa Patão (treinadora do Benfica):
“A primeira parte foi claramente nossa, mas na segunda parte claramente entrámos mal, mas conseguimos equilibrar e criámos oportunidades para fazer o 2-0. Não o fizemos e, a seguir, sofremos o golo do empate, mesmo a acabar o jogo.
No prolongamento foi sempre o Benfica a procurar a baliza adversária e a tentar atacar, mas as pernas nesta fase da época não são as mesmas e sentimos isso, fomos perdendo o critério. O futebol é feito de momentos, tivemos uma ocasião para fazer o 2-0 num canto e logo a seguir fomos nós a sofrer. Só posso dar os parabéns ao Torreense, foram mais competentes que nós nos momentos decisivos e temos de parabenizá-los.
O Benfica obriga a ganhar sempre e, não ganhando sempre, isso deixa um amargo de boca. É triste não podermos dar (a Taça de Portugal) aos nossos adeptos e a esta moldura humana, não nos sentimos felizes, mas as jogadoras trabalharam e lutaram. Não foi um dia feliz e não fomos competentes nos momentos de jogo em que o deveríamos ter sido.”