Recorde as incidências da partida
Frente ao pentacampeão nacional e vencedor da Taça da Liga, o conjunto orientado por Gonçalo Nunes demonstrou organização, coragem e uma crença inabalável, levando o jogo ao limite e decidindo tudo com um golo de Salomé Prat aos 120 minutos, já quando os penáltis pareciam inevitáveis.
Chapéu de Prieto
O Benfica entrou com maior domínio e adiantou-se no marcador aos 24 minutos, por Martín-Prieto, que aproveitou uma má abordagem defensiva de Carolina Correia após passe de Marit Lund e bateu Janny Belém com um chapéu fantástico.
Apesar do golo sofrido, o Torreense manteve-se fiel ao seu plano de jogo: compacto, solidário e sempre perigoso nas transições. Aos 57 minutos, Daniuska Rodríguez esteve muito perto do empate, mas Carole Costa negou o golo com um corte providencial. Já aos 75’, foi a guardiã Belém a brilhar com uma defesa segura a um remate de longa distância de Lund.
Golpe de teatro
O empate acabou por surgir já nos descontos do tempo regulamentar. Aos 90+7 minutos, cruzamento da direita, confusão na área do Benfica e Janaina Weimer apareceu ao segundo poste para cabecear e fazer o 1-1, levando a final para prolongamento e reacendendo a esperança do Torreense.
Durante os 30 minutos adicionais, o desgaste começou a fazer mossa nos dois lados, mas as duas equipas mantiveram a entrega ao limite. Quando tudo apontava para a decisão por penáltis, surgiu o momento de glória: aos 120 minutos, Salomé Prat recebeu na área, tirou uma adversária do caminho e rematou colocado, sem hipótese para Lena Pauels, selando a reviravolta e a vitória histórica.
O apito final desencadeou uma explosão de alegria no relvado. O Torreense ergue a Taça de Portugal pela primeira vez e fecha uma época absolutamente de sonho com chave de ouro.