Encontro com Rui Costa: "Tranquilo, cumprimentei. Deixem-me que vos diga, que eu tenho uma forma de analisar muito fria. Não levo nada para o campo pessoal. É uma estratégia consciente do nosso rival. Tem os seus motivos, tem um discurso interno. E tendo em consideração o calendário eleitoral que aí vem... Não ligo, nem fico ofendido.”
Matheus Reis: "Um dos pontos altos desta estratégia é o ruído, para mim completamente desproporcionado, que se está a ver sobre este caso do Matheus Reis. Eu vi o jogo, não me percebi de nada durante o jogo. Depois começo a ver o ruído, e fui ver o lance. O que é engraçado é que o que hoje se analisa é um frame em que se vê um pé espezinhar a cabeça de um jogador. Eu tenho o cuidado em analisar os lances em velocidade corrida e o que vejo é impossível alguém dizer que houve intenção. Vejo um adversário deitado no chão e um jogador sem olhar para onde ele está mete o pé na cabeça. Não sei se houve intenção, ninguém consegue dizer. No primeiro golo do Benfica, há um lance do Geny em que há um frame que parece que o Dahl dá um soco, mas em lance corrido não há falta nenhuma. Agora, se mostrar aquele frame vão dizer que há agressão. Mas ainda sobre isso, o ano passado, num jogo decisivo para o campeonato, vi o Di María agredir o Pedro Gonçalves com um murro na cara e não vi indignação de ninguém. Como já tive vários jogadores agredidos em ouros clássicos. Este parece um caso em que é preciso o estado-maior reunir-se. É o ruído do desespero, mas tem de haver bom-senso".
Inquérito da Procuradoria-Geral da República: "Eu sei que houve um senhor que fez uma queixa na PGR sobre o Matheus Reis. O senhor César Boaventura que acabou por ser condenado por corrupção desportiva, por corromper adversários contra o Benfica, fez a queixa. É a cereja no topo do bolo”.
Festejos: “São miúdos. É o ânimo, não valorizo. Valorizo e confio no meu jogador que me disse que não quis agredir o atleta. Vejam o lance em tempo corrido e ninguém consegue dizer que teve vontade de agredir”.
Sporting domina isto tudo: “Eu só tenho a dizer o seguinte, hoje a arbitragem está debaixo da Federação Portuguesa de Futebol. O Sporting apoiou uma candidatura de pessoas sérias e incorruptíveis. O Benfica apoiou esta Direção, o FC Porto também. Pedro Proença ganhou com 75%. Esta é a opção do Sporting. Isto tem a ver com os últimos 40 anos em que o futebol português tem sempre de ter um dono. Os casos do apito dourado, dos emails, é a prova de que foram dois (FC Porto e Benfica). Agora, não há dono nenhum. Existem órgãos que não se deixam condicionar, que não têm medo e não estão dependentes de qualquer presidência. Isso leva a que o erro, que vai sempre existir, se for numa competição íntegra, vai ter de ser distribuído de forma uniforme. Antes prejudicava o Sporting em se calhar um para cinco. Agora é uma grande surpresa quando há um erro a favor do Sporting, mas não atirem areia para os olhos. O Sporting foi campeão nacional , segundo a imprensa e ex-árbitros, dizem que foi a equipa mais prejudicada. O Sporting luta para dominar dentro de campo. Fico contente por ver os nossos rivais a dizerem isto, porque é sinal que ainda não perceberam porque o Sporting continua a vencer”.
Rui Costa: “Fala-se do jogo com o Benfica, em que o lance do Matheus Reis colocou em causa o futebol português. Antes estava tudo bem, o Sporting foi campeão e o presidente do Benfica deu os parabéns. O que eu vejo é que o Benfica foi muito superior na primeira parte, o Sporting foi superior na segunda parte e muito superior no prolongamento”.
Tiago Martins: “Esse árbitro que foi agora afastado foi um árbitro que foi VAR num clássico em que o Sporting foi severamente prejudicado. As pessoas esquecem-se das coisas, o Sporting há dois anos lutou para que as comunicações do VAR fossem livres, quem votou contra? O Benfica e o FC Porto”.