Reveja aqui as principais incidências da partida

A pausa internacional não podia ter chegado em melhor altura para Vítor Bruno. Depois das derrotas com Lazio (2-1) e Benfica (4-1), numa semana para esquecer, o FC Porto teve duas semanas para descansar e baixar um pouco o volume das críticas que começavam a ecoar no reino do Dragão.
Contudo, a visita a Moreira de Cónegos não se adivinhava uma tarefa fácil. A equipa de César Peixoto estava invicta em casa (três vitórias e dois empates) e depois de ter travado o Benfica (1-1) queria também passar a perna ao atual detentor da Taça de Portugal.
Com um bloco coeso, o Moreirense foi conseguido esfriar o ímpeto de um FC Porto que ia dominando, mas não encontrava solução para furar o bloco contrário. Danny Namaso (3’) deu um aviso logo no início – a que Caio Secco respondeu – mas a segunda grande oportunidade só surgiu nos 10 minutos finais do primeiro tempo. João Mário cruzou com o pé esquerdo – que não é dominante – e colocou uma bola perfeita para Pepê colocar no fundo das redes.
Costuma-se dizer que o mais difícil estava feito. Talvez não, porque o Moreirense respondeu exatamente na mesma moeda. Desta feita Frimpong cruzou de forma perfeita para a cabeça de Asué (41 minutos) que surgiu entre os centrais e colocou a bola no fundo das redes de Cláudio Ramos e deixou tudo empatado ao intervalo.
No segundo tempo, a partida acabou por baixar o ritmo. O FC Porto manteve o controlo de bola, mas as mesmas dificuldades em termos ofensivos. A entrada de Samu Aghehowa não trouxe faísca na frente – Fran Navarro esteve muito apagado – e os dragões meteram-se a jeito de um infortúnio que surgiu. Aos 75’, Francisco Moura tocou a bola com a mão e o árbitro apontou de imediato para a marca de penálti. Chamado a converter, Alanzinho colocou a bola fora do alcance de Cláudio Ramos e selou a reviravolta.
19 eliminatórias depois, o FC Porto perdeu na Taça de Portugal (o SC Braga em 2021 tinha sido o último a fazê-lo) e 16 anos depois perdeu três jogos consecutivos (em 2008 foi derrotado por Dínamo Kiev, Leixões e Naval). Aumenta a contestação sobre Vítor Bruno e a fé de André Villas-Boas está a ser colocada à prova.
Quanto ao Moreirense chega aos oitavos de final, depois de uma época em que caiu logo na terceira ronda.
Homem do jogo Flashscore: Marcelo (Flashscore).