Recorde aqui as incidências do encontro
João Pereira segurou o onze que venceu o Boavista (3-2), enquanto o Santa Clara geriu o esforço do plantel com seis mudanças: Neneca, Pedro Ferreira, João Costa, Guilherme Ramos, Lucas Soares e Klismahn foram a jogo.

Quenda fez do oásis uma miragem
Início de jogo com toada morna e poucas aproximações à baliza, a primeira das quais numa tentativa pouco convincente de Calila, embora, à passagem dos 16 minutos, o Sporting tenha tido uma grande ocasião para inaugurar o marcador. Depois de um grande passe de Debast, Geny fez tudo bem para servir Quenda em bandeja de prata, mas o jovem avançado, de baliza aberta e na pequena área, conseguiu falhar o alvo.
Os leões entraram na melhor fase, tomando controlo das incidências, mas sem conseguir furar a resistência açoriana, fruto da boa organização defensiva de Vasco Matos. Perto do intervalo, Hjulmand ainda provocou um golo na própria do guarda-redes Neneca, mas o lance foi anulado porque o dinamarquês ajeitou o esférico com a mão antes do remate.
As sucessivas paragens impediram mais oportunidades até ao descanso, que chegou com o nulo no marcador com toda a naturalidade, dadas as poucas oportunidades. O lance de Quenda foi o único digno de registo, enquanto os insulares somaram aproximações perigosas, embora sem as conseguir concretizar.

Harder fez o que parecia mais difícil
No regresso dos balneários, Gabriel Silva rendeu João Costa no ataque dos açorianos, que aproveitavam a impaciência que vinha das bancadas para perder algum tempo nas reposições de bola e, assim, aumentar a frustração dos adversários. E mesmo quando Quenda descobriu um desequilíbrio na área contrária e deixou Trincão com tudo para fazer o golo, Frederico Venâncio apareceu em cima da linha para afastar o perigo. Depois disso, Neneca voltou ao chão para mais uns assobios da bancada.
A estratégia acabou por dar frutos fora de campo já que Ricardo Esgaio, o mais velho do plantel leonino, viu duplo amarelo por protestar com o árbitro enquanto estava a aquecer. Num ambiente cada vez mais quente, St. Juste e Harder foram a jogo e o avançado dinamarquês só precisou de um minuto para desatar o nó, depois de um grande cruzamento de Quenda que Sidney Lima deixou passar, permitindo um desvio subtil, aos 74 minutos.
Bravos Açorianos
O Sporting foi capaz de manter os adversários à distância... pelo menos até aos descontos. Aí, numa sucessão de oportunidades, Gabriel Silva falhou o empate escancarado na pequena área, Franco Israel voou para uma estirada absolutamente incrível a remate de Guilherme Ramos, que merece um parágrafo próprio e umas cinco repetições.
Mas, no canto, Pedro Ferreira apareceu no sítio certo para fazer o empate e decretar o prolongamento, aos 90+7 minutos!
Desgaste, compromisso e instinto
Com queixas físicas a surgirem desde a primeira parte, estava claro que este prolongamento seria disputado com muitas dificuldades de parte a partes. O único que parece ter pilhas intermináveis é Gyokeres, que fugiu na área adversária e serviu Trincão para um remate à figura, antes do sueco ter arranjado espaço para atirar contra o corpo de Neneca.
Na segunda parte do prolongamento, Mauro Couto foi a jogo no Sporting, Bruno Almeida foi aposta dos insulares. Porém, a fadiga mental conjugada com a pressão levou a melhor quando, aos 114 minutos, Frederico Venâncio não olhou antes de fazer um passe para o guarda-redes, Gyokeres cheirou o sangue na água, roubou o esférico, fintou o guarda-redes e carimbou o acesso aos quartos de final.
Homem do jogo Flashscore: Viktor Gyokeres (Sporting).