“O que se passou no Jamor foi uma vergonha. Há muito tempo que não me lembro de assistir a uma situação como aquela. O Benfica foi prejudicado pela arbitragem várias vezes ao longo da época e, quando isso aconteceu, assisti a um silêncio por parte da direção do Benfica ou à emissão de uns comunicados muito palavrosos e inconsequentes. O Benfica tem de defender os seus interesses de forma firme, na altura própria e não quando já não existe nada a ganhar”, sublinhou o empresário.
À margem de um evento que liga o mundo empresarial ao do desporto, realizado numa unidade hoteleira de Cascais, João Noronha Lopes realçou que o clube tem de defender os seus interesses “desde a primeira jornada do campeonato até à final da Taça de Portugal”, em alusão ao caso que envolve um pisão de Matheus Reis na cabeça de Belotti, que passou despercebido à equipa de videoarbitragem.
Os encarnados emitiram um comunicado na segunda-feira, um dia após o duelo, anunciando que iriam avançar com participações disciplinares à equipa de arbitragem, composta pelo árbitro Luís Godinho, videoárbitro Tiago Martins e restantes elementos, bem como aos jogadores do Sporting Matheus Reis e Maxi Araújo, envolvidos no lance.
“De que serve este comunicado? O Benfica já perdeu todas as suas competições. O presidente do Benfica, juntamente com o presidente do Sporting, apoiaram esta eleição de Pedro Proença (para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol) e do Conselho de Arbitragem. Já tive a oportunidade de perguntar várias vezes ao presidente do Benfica quais as razões que estavam por detrás do apoio. Até hoje, nem eu, nem os benfiquistas, tivemos resposta”, disse.
O empresário assumiu ainda ser necessário “coragem e firmeza” para defender os interesses dos encarnados, remetendo os motivos para a sua recandidatura para 05 de junho, dia em que irá oficializar a entrada na corrida à presidência do clube.
Noronha Lopes, de 58 anos, volta a concorrer a um ato eleitoral dos encarnados, cinco anos após ter perdido para Vieira a corrida à presidência, em 29 de outubro de 2020, recebendo 34,71% dos votos, contra 62,59% do antigo líder benfiquista. Rui Gomes da Silva, também candidato, obteve somente 1,64% nesse escrutínio.