Siga aqui as incidências do encontro
Jogo com o Paços de Ferreira: "Não podemos menosprezar o adversário. Tem história, final da Taça de Portugal, duas meias-finais, muito passado na Liga, disputou pré-eliminatórias de Champions. Temos de olhar para o adversário de forma séria. Depois, temos de perceber que vamos defender um título e queremos voltar a estar na final do Jamor. A maior motivação que podemos ter é defender algo que é nosso, que conquistámos com esforço e dedicação".
Reunião com Varandas: "Nem vi o presidente nos dias a seguir ao jogo com o SC Braga. Às vezes criam histórias alucinantes para ouvir e ler. Culpa própria? Tem a ver com a nossa própria exigência. Queremos ganhar a todo o custo, demonstrámos que fomos os melhores, temos tido um início de época demonstrativo da qualidade da equipa e, num jogo menos conseguido, ficámos sentidos. Isso tem de mexer connosco. Queremos exigência máxima no nosso dia-a-dia e os jogadores têm de ficar sentidos por não termos sido capazes de ser o Sporting que queremos e que temos conseguido ser".
Dificuldades nos últimos jogos: "Já falei várias vezes e vou ser objetivo. Vocês falam do sistema e isso é subjetivo. Não quero estar aqui a dar aulas táticas, estou sempre em aprendizagem. A maioria dos jogadores joga nas posições onde jogavam, temos a melhor versão do Trincão, Pote, temos Hjulmand, Inácio, Quenda em grande forma. A equipa do Sporting nunca produziu tantos em termos ofensivos, é a equipa que cria mais oportunidades de golo, a segunda que menos deixa criar, atrás do FC Porto. Se formos aos números, isso do sistema nem é assunto. Para mim, não há sistema. Isso tem a ver com as dinâmicas que nós temos. O jogo com o SC Braga não teve a ver com isso, mas com responsabilidade nossa, minha também, que não fui capaz de explicar ou anular o SC Braga, que não nos criou grande perigo, teve posse e andámos a correr em demasia, mas mal. Não tem a ver com o sistema. Melhores versões da maioria dos jogadores, em termos estatísticos, responde por si".

Palavras de Mourinho sobre a Taça de Portugal: "Estou focado no que nós podemos fazer na Taça de Portugal. O ruído é imenso para o Sporting. É sinal que somos vencedores e que temos ganhado bastante ou mais do que os outros. Vamos lutar por um troféu que está no nosso museu, vamos desfrutar dele, mas temos de defender o que conquistámos. Dá-nos muitas memórias, a mim pessoalmente também porque era algo que queria desde sempre. As memórias são imensas, tinha a minha família toda na bancadas. A Taça está no museu com o nosso nome e estará sempre".
Renovação de Pedro Gonçalves e restantes renovações: "Por mim, renovavam todos. O presidente é que não ia achar piada pela parte financeira. A renovação do Pote tem a ver com a confiança que o clube tem nele, aumenta a responsabilidade do Pote, que tem sido um jogador muito importante nas conquistas do Sporting nos últimos anos. É um jogador muito focado em ganhar mais, ambicionar mais, ajudar. Perdeu muitos meses de jogo a época passada, está a voltar à melhor forma, está a ser importante, quer sentir-se um jogador importante e a nossa maior luta é motivá-lo todos os dias. Já ganhou tudo no Sporting e temos de o manter motivado. Essa renovação também transmite isso e a preponderância que tem no clube".
Calendário e Paços de Ferreira: "Tem de estar preparado. É difícil porque a malta foi chegando aos poucos, ficaram poucos a treinar connosco, temos de ter cuidado na sobrecarga de minutos dos jogadores. A motivação é entrar numa competição para defender algo que é nosso. Essa é a nossa maior motivação, independentemente do adversário. Acredito que teremos muitos adeptos sportinguistas, que vão fazer-nos sentir em casa, que é o que tem acontecido nos jogos fora".

Resposta a Mourinho: "Ganhámos a Taça, que está no meu, porque fomos melhores. Merecemos muito. O ruído é nosso, não é meu. A Taça é nossa com 101 por cento de mérito, por tudo o que os rapazes foram conseguindo ao longo do tempo, pelas dificuldades que tivemos e porque no último minuto mudámos o resultado".
Matheus Reis considerou mudança tática chave na época passada: "Já viu o documentário, não? Se não viu, veja que é top. Deve ter visto que o presidente disse o porquê de o Rui Borges voltar atrás na estrutura. Está lá, dito pelo presidente. Falo com os jogadores, mas nunca os jogadores me pediram para mudar a estrutura. Não tinha médios para jogar e numa estrutura de 4x3x3 precisava de três médios. Nem um tinha, quanto mais três. Tive de desfrutar do Zeno a médio, em alguns momentos perguntavam porque é que o Zeno não jogava a médio. Ao início era maluco, agora já é um médio top. Tive de me adaptar ao que tinha, aos jogadores que tinha, que a cada semana mudavam. O que me enaltece é termos sido campeões com dificuldades, muitos miúdos a jogar. Jogámos sem Morten, Viktor, Geny, fomos campeões com o Pote a jogar a 50 por cento. Adaptei-me ao que tínhamos. Não tínhamos soluções para o sistema anterior, quanto mais para o meu".
Alisson Santos: "A oportunidade não tem a ver com a Taça, tem a ver com o crescimento dele. Tem ouvido, entendido o contexto em que está, a exigência em que está e tem sido importante nestes momentos que tem entrado. Tem lutado por mais oportunidades e não é por ser Taça. Pode chegar quarta e ser titular com o Marselha. Ele tem lutado por isso. Tem crescido imenso, acreditámos todos que no futuro será um jogador muito importante".

Diomande: "Está mais preparado para o jogo, foi importante não ter ido à seleção porque precisamos de lhe dar esse estímulo. Está capaz de ser titular, o que não aconteceu nos últimos jogos porque não tinha essa capacidade. É um jogador importante pelo que nos dá em termos físicos, ele diferencia-se nos duelos, competitividade física. É um jogador importante e felizmente temo-lo de volta".
Palavras de Varandas: "A ambição do presidente é a nossa e é enorme. Não podemos deixar entrar o grupo no comodismo de já termos ganho. É um grupo que já vem de alguns anos e não ganhou só esta época. Essa é a maior dificuldade, não deixar entrar o comodismo de vitória. Temos de criar essa ambição todos os dias. Não nos podemos deixar cansar de ganhar. Essa é a maior luta que podemos ter, a exigência. Faz parte do ADN do Sporting. Se formos tricampeões, isso vai marcar a história do clube. Daqui a 30 anos, vão falar deles. A maior luta para os treinadores é mantê-los vivos. Queremos mais e queremos muito mais".
Discurso sobre Amorim no documentário: "O Ruben marcou uma era no Sporting, não fugimos a isso. Eu sou um fã do Ruben também. Se ganhou é porque é bom. Teve o mérito de trazer o Sporting para uma era de vitórias, só que não vai voltar. Se voltar, volta daqui a muitos anos. Temos de seguir caminho, agarrar-nos uns aos outros. O que importa é o Sporting, as pessoas fazem parte da história do Sporting".
Limitações físicas: "O Nuno e o Daniel Bragança, só. O Inácio veio com um ligeiro toque. São estas duas baixas que temos, infelizmente. Quero muito que eles voltem. São dois jogadores que têm de servir de exemplo para todos. São resilientes e um exemplo diário da ambição de jogar e querer ganhar".