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Antes que os jornalistas abordassem o tema, Sérgio Conceição quis arrumar o assunto de uma vez e comentar o abraço que deu ao presidente dos dragões, Jorge Nuno Pinto da Costa, na apresentação da candidatura para a reeleição.
Abraço a Pinto da Costa: "Quero dizer algo que acho que é importante e sei que me vão perguntar, quero encerrar o assunto e que respeitassem o sócio e, principalmente, o treinador que aqui está. Em relação ao abraço que dei a um amigo e mentor no Coliseu, que eu conheço desde os meus 15 anos, que me deu oportunidades muito importantes na minha vida pessoal e profissional, foi um abraço muito importante para o presidente e para mim, numa relação com mais de 30 anos. Não falo mais dessa situação, peço que respeitem".

Análise ao Santa Clara: "Em relação ao jogo, vai ser difícil por tudo o que é a equipa do Santa Clara e o campeoanto que está a fazer na Liga 2, com solidez defensiva, mas também uma equipa experiente que se tivesse na Liga Portugal estaria na metade superior da tabela. Um jogo difícil com condições difíceis, por aquilo que prevemos do tempo, vai estar a chover e com vento. No último jogo em casa do Santa Clara o relvado estava em muito mau estado, não sei se a Federação está ao corrente da situação. Numa prova tão bonita como a Taça devíamos promover o espetáculo. Isso pode dificultar a vida das equipas e não me refiro só ao FC Porto, o Santa Clara também vai sentir. Espero que o jogo possa decorrer de forma normal, já são muitas as dificuldades e pode tornar-se um jogo em que o futebol praticado não seja suficiente, daí a minha preocupação. Estamos num bom momento, o último jogo não veio quebrar nada, a equipa está bem. Obviamente se falamos de resultados não foi bom, temos plena consciência disso e dentro disto temos que olhar para este jogo como a final que é".
Receio com possíveis adiamentos por falta de policiamento: "Isso pode prejudicar o calendário, mas de outro lado estamos a falar de um setor em protesto e temos que estar em solidários com um setor muito importante na nossa sociedade. Não ficaria nada satisfeito em fazer uam viagem para os Açores e não poder jogar, depois em que data é que iríamos jogar? Temos um calendário muito preenchido este mês, com sete jogos penso eu - já fizemos um -, para encontrar data para se jogar não é fácil. Por outro lado, temos que respeitar o protesto de alguém que sente que não tem tudo o que merece e volto a reforçar que é um setor muito importante para a sociedade".
Tem garantias de jogo na quarta-feira? "Tudo está a decorrer de forma normal, não obtivemos informação de que possa estar em causa. Agora, em termos de condições climatéricas, se a bola rola ou não, isso é algo que não sei".
Santa Clara mais forte esta época: "Sim".
Distância para os rivais no campeonato: "Entendo a pergunta, mas neste cenário o que nos resta é olhar para a frente. Trabalhamos naquilo que podemos controlar nos nossos jogos, ser mais competentes e, naquilo que não controlamos, que as outras pessoas sejam competentes também. Se juntarmos isto, fazemos uma segunda volta acima da média e não tenho dúvidas sobre isso. Em maio, as contas fazem-se naturalmente".

Desvirtuamento do campeonato com jogos em atraso: "As equipas, treinadores jogadores têm experiência suficiente. Os jogadores nem pensam nisso, o Sporting terá um jogo em atraso a fazer e é isso, depende de como estiverem em forma nesse jogo. Acho que não é estarmos a discutir agora isso e que vai haver mudanças emocionais, não embarco muito nisso".
Alan Varela mais ofensivo: "Quando fizemos a observação ao Alan Varela queria um jogador que ocupasse os mesmos espaços e as mesmas características do Uribe. O potencial que vi dele no Boca fazia jogos nessa posição com muito tempo para pensar e executar, a encaixar na linha defensiva porque era um elemento importante na saída de um central na cobertura ao central, não se aventurava muito na frente, mas achava que era por indicação e dinâmica da equipa do que as características dele. Ele tem boa chegada (à área), bom remate, define bem no passe curto e longo. Nesse sentido, houve uma evolução interessante, mais ainda quando estou a pedir coisas algo diferentes do que quando começamos a época. Com mais um jogador no corredor central (Pepê), quero que ele faça pressão sobre o adversário no momento defensivo, mas quando tem bola ter mais liberdade para chegar à frente, para decidir, romper e aparecer no último terço".