Tondela 0-0 Caldas SC (5-6 após penáltis)
O Caldas (Liga 3) eliminou o Tondela da Taça de Portugal em futebol, ao vencer o conjunto da Liga Portugal no desempate por penáltis (6-5), após empate 0-0 no final do prolongamento, em encontro da quarta eliminatória.
A defesa de Duarte Almeida na grande penalidade marcada por Yarlen conferiu a passagem do Caldas à Taça de Portugal, num jogo que marcou a estreia do novo técnico do Tondela, Cristiano Bacci, num desafio em que a diferença de escalão das duas equipas não se fez notar.
Na primeira parte, a superioridade do Caldas, da Liga 3, fez-se notar, ao revelar mais vontade e atitude frente a um Tondela da I Liga a tentar organizar-se em campo.
Sem lances de maior perigo, a formação de Caldas da Rainha apresentou dois remates mais perigosos com Zé Gata (10) e Ricardo Alexandre (42) a rematarem rasteiro para as mãos do guarda-redes auriverde Lucas Cañizares.
A fechar os 45 minutos, a formação de Tondela fez um remate mais perigoso com Rony Lopes a fazer rolar a bola para as mãos do guarda-redes Duarte Almeida.
Na segunda parte, a equipa da casa entrou a fazer mais pressão, a conseguir fazer o jogo no meio-campo do Caldas, apesar de não criar oportunidades perigosas de golo.
No início do prolongamento, Lucas Cañizares fez duas defesas seguidas, junto à barra, na marcação de dois cantos por Pepo, que, na segunda parte, voltou a criar perigo (108) num remate cruzado, que Lucas Cañizares defendeu com as pontas dos dedos.

Santa Clara 3-0 Comércio e Indústria
Depois do polémico jogo com o Sporting, o Santa Clara regressava da pausa internacional com um duelo frente ao Comércio e Indústria, do Campeonato de Portugal, na quarta ronda da Taça de Portugal.
Os golos do encontro, que também ficou marcado pela expulsão de Fábio Marinheiro (38'), foram apontados por Wendell (39', de grande penalidade), Vinicius (66') e Calila (85').
Na primeira parte, os açorianos dominaram a posse de bola e instalaram-se no meio-campo contrário, enquanto o Comércio e Indústria procurou manter a organização defensiva e sair em contra-ataque.
Nos primeiros 45 minutos, a equipa da casa, apesar de mostrar ineficácia no último passe, conseguiu criar perigo aos 23 e 29 minutos, através de investidas de José Tavares, que foi dos elementos mais ativos no jogo ofensivo da formação de Vasco Matos.
Com a grande penalidade que originou o golo de Wendel (39') e a expulsão de Marinheiro (vermelho direto), a missão da equipa de Setúbal ficou dificultada e o Santa Clara passou a estar mais confortável na partida.
No segundo tempo, o Santa Clara controlou o jogo e teve mais facilidades em criar oportunidades de golo, ampliando a vantagem por intermédio de Vinicius (66'), que aproveitou um cruzamento vindo da direita e uma falha do guardião Thierry.
Com o Comércio e Indústria a mostrar-se impotente para fazer frente ao adversário, as contas do marcador ficaram encerradas com o golo de livre direto de Calila (85').

Vila Meã 2-1 (a.p) Leixões
O Vila Meã, do Campeonato de Portugal, voltou a escrever uma página memorável na sua história ao eliminar o Leixões, da Liga 2, por 2-1, após prolongamento, e garantir um lugar nos oitavos de final da Taça de Portugal.
A formação de Matosinhos entrou melhor e adiantou-se no marcador aos 14 minutos, por intermédio de José Bica, que concluiu com classe um rápido contra-ataque iniciado por Salvador Agra. Contudo, a tarde começou a complicar-se para os visitantes quando o guarda-redes Stefanovic foi expulso aos 21 minutos, por tocar a bola com a mão fora da área. Em superioridade numérica, o Vila Meã cresceu no jogo e chegou ao empate ainda antes do intervalo, com Joy a finalizar ao segundo poste (44’).
Na segunda parte, a equipa da casa esteve perto da reviravolta em várias ocasiões, obrigando o guardião Morro a intervenções decisivas. O equilíbrio manteve-se até ao prolongamento, período em que o Leixões voltou a ficar reduzido a dez, após a expulsão de Ricardo Costa aos 100 minutos.
O momento decisivo surgiu aos 114 minutos, quando o capitão Meneses aproveitou um ressalto na área, após um canto, e empurrou para o fundo das redes, selando a vitória e levando os adeptos do Vila Meã ao delírio. Com este triunfo, o conjunto duriense iguala a melhor prestação da sua história na Taça de Portugal, repetindo o feito alcançado na temporada 2005/06.
Fafe 2-1 Arouca

Está consumada a primeira grande surpresa desta quarta eliminatória da Taça de Portugal. Depois de deixar pelo caminho o primodivisionário Moreirense, o Fafe, da Liga 3, eliminou o Arouca, da Liga Portugal.
Os arouquenses colocaram-se em vantagem com um belo remate de Djouahra (27’), de fora da área, mas na segunda parte pareceram desligar completamente. O Fafe tomou conta da partida e acabou recompensado com dois golos de bola parada.
João Oliveira acabou por ser o herói da partida. O médio empatou a partida após cruzamento de David Castro, num canto curto, aos 50’. E já ao cair do pano, nos 90+2’, subiu mais alto que toda a gente em novo canto vindo da direita e levou o Municipal de Fafe à loucura.
Depois do Estoril, que foi eliminado pelo Famalicão, o Arouca é a segunda equipa do primeiro escalão a cair nesta quarta ronda da Taça de Portugal.
Lusitânia de Lourosa 0-1 Torreense
Após uma primeira parte sem golos, a equipa de Torres Vedras chegou ao tento do triunfo praticamente no arranque do segundo tempo. Manuel Pozo vestiu o fato de herói e garantiu a passagem do Torreense à próxima fase da prova rainha do futebol nacional.
Ambas as equipas apresentaram um ritmo bastante reduzido nos primeiros 45 minutos, com a formação da casa a dominar ligeiramente a posse de bola, mas sem nunca conseguir ameaçar verdadeiramente a baliza defendida por Unai Pérez.
A única oportunidade de golo do primeiro tempo surgiu aos 28 minutos, na sequência de uma boa jogada de entendimento do ataque do Torreense, que terminou com um remate potente do avançado maliano Zohi à barra.
A palestra de Vítor Martins ao intervalo teve resultado quase imediato, com Manu a colocar o emblema de Torres Vedras em vantagem, com um remate rasteiro cruzado, logo a abrir a segunda parte, após uma má saída de bola dos lusitanistas.
O emblema do concelho de Santa Maria da Feira tentou reagir à desvantagem e, apesar de ter assumido o controlo da partida, apresentou muitas dificuldades na criação de oportunidades e nunca conseguiu levar perigo às redes adversárias.
Já em cima do apito final, Léo Azevedo ainda deixou os visitantes a jogar com menos um, após travar um ataque rápido do Lusitânia de Lourosa. Terminou assim o sonho dos lusitanistas na Taça de Portugal, naquele que foi o quinto jogo consecutivo sem vencer.
