Recorde aqui as incidências do encontro
Carlos Carvalhal (treinador do SC Braga):
“O mais importante está conseguido, passámos aos quartos de final, o importante era o resultado e conseguimo-lo, é o que de mais positivo levo do jogo. O Lusitano de Évora fechou-se muito, é difícil colocar velocidade e criar desequilíbrios assim.
Fomos para o intervalo a vencer por 2-0, tivemos duas ou três oportunidades para fazer o terceiro, não fizemos e pusemo-nos a jeito. Sofremos um golo que não podemos sofrer, temos que retificar isso. O Lusitano fez um jogo bem conseguido, deu a vida, reconheço o labor da equipa adversária. Tínhamos que ter feito o 3-0 e ‘matar’ o jogo.
Insatisfeito? Prometi a mim mesmo que não carregava mais em cima da equipa, quero puxar para cima os jogadores. Cometemos alguns erros que não podemos cometer a este nível e temos que os colmatar. Vamos ter um jogo importante com o Benfica a seguir, que nos pode colocar nas meias finais, e estamos já a pensar nos próximos jogos, com o Estrela da Amadora (Liga) e Union St. Gilloise (Liga Europa).
Não estou desiludido com a exibição da equipa, estou um pouco cansado, os jogos são sempre ganhos na marra e isso cansa um pouco as pessoas.
A lesão do Bambu penso que é um traumatismo e não será nada de grave. O Matheus não jogou porque não pode jogar com o Union St. Gilloise e o Hornicek tem que ter jogo, não pode ir a frio”.
Leia aqui a crónica e veja os golos
Pedro Russiano (treinador do Lusitano de Évora):
“Quero agradecer aos nossos adeptos por, a uma quarta-feira e a este horário, marcarem presença em grande número, foi um grande apoio. E agradecemos aos nossos jogadores, que fizeram uma grande campanha na Taça de Portugal, sempre com uma grande dignidade em todas as eliminatórias. Hoje fizeram acreditar.
Sabíamos que ia ser uma tarefa bastante difícil, jogávamos contra um dos candidatos à conquista da Taça e seria muito importante aguentar os primeiros 20/25 minutos porque o Braga ia entrar forte. Depois, para se passar uma eliminatória destas é preciso não errar, mas errámos uma receção, fizemos uma falta e, com a qualidade que os jogadores do Braga têm, numa bola parada, o André Horta fez o 1-0 e, depois, chegou o 2-0.
Disse aos jogadores ao intervalo que era importante fazermos um golo e entrarmos no jogo. A equipa foi acreditando e fomos premiados com um golo, mas que podia ter sido mais cedo. Ficámos felizes por sentir que o Braga se sentiu assustado na parte final e, durante 10 minutos, sentiu-se apertado. O que é diferente é a qualidade dos jogadores do Braga, a quem dou os parabéns e desejo as maiores felicidades na prova.
O que levo deste trajeto é a união que as eliminatórias nos deram, apesar de termos perdido alguns jogadores por excesso de carga e o plantel não é extenso. Não é fácil eliminar uma equipa da Liga 2 e duas da Liga Portugal.
Não tivemos sorte porque se a eliminatória tivesse sido em nossa casa, seria bastante diferente, pelas dimensões do campo e pelo apoio dos nossos adeptos. Foi um prémio para todos pisar este palco, para um clube que quer renascer e há 60 anos não chegava a esta eliminatória”.