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Taça de Portugal: Fafe destaca "acreditar", Vasco Botelho da Costa fala em "banho de humildade"

Mário Ferreira, treinador do Fafe
Mário Ferreira, treinador do FafeHUGO DELGADO/LUSA

Declarações após o jogo Fafe - Moreirense (1-0), da terceira eliminatória da Taça de Portugal de futebol, disputado no Parque Municipal dos Desportos, em Fafe:

Recorde as incidências do encontro

Mário Ferreira (treinador do Fafe):

“Deveu-se muito ao acreditar. A meteorologia não ajudou a praticar um jogo muito agradável, mas acreditámos sempre que era possível. Com o passar do tempo, a nossa equipa foi crescendo no jogo. Conseguimos chegar à vantagem e gerir o jogo.

Não há nenhuma receita. Temos qualidade. Estes jogadores têm qualidade. Estávamos preparados para tudo. Sabíamos que o Moreirense ia apertar em termos ofensivos e de pressão, o que fez nos primeiros 20 minutos. Tivemos dificuldades em sair para o ataque. Na segunda parte, conseguimos mudar a mentalidade.

Os jogadores têm de ter um pouco de orgulho e vontade de vencer. Temos dois caminhos a fazer ao voltar para casa: ou temos orgulho porque conseguimos a vitória ou temos orgulho pelo trabalho que fizemos nos 90 minutos. Focamo-nos muito no dia-a-dia, para formar um grupo forte, com vontade de vencer e muito compromisso.

O nosso objetivo é dia a dia e jogo a jogo. Podemos competir com qualquer equipa, sabendo de antemão que vamos jogar com um adversário de Liga Portugal (Arouca). Se conseguirmos passar, perfeito. Se não conseguirmos passar, vamos focar-nos no campeonato”.

Vasco Botelho da Costa (treinador do Moreirense):

“Foi um jogo muito equilibrado do princípio ao fim. Em nenhum momento, conseguimos fazer a diferença. Foi um jogo disputado, decidido numa bola parada. Em nenhum momento, deveríamos ter permitido que o jogo fosse equilibrado como foi, apesar de ser difícil jogar contra a organização defensiva do Fafe. Colocar a bola a rolar nestas condições (climatéricas) é difícil, mas isso não é desculpa. Ganhou a equipa mais competente. À medida que o jogo ia passando, parecia que mais confortáveis estávamos, à espera que a vantagem surgisse naturalmente. E o Fafe começou a acreditar mais. Se não tivermos a mentalidade certa, não vamos ter sucesso.

Os jogadores estavam mais do que avisados (para as dificuldades). Tem a ver com a disponibilidade mental em função do que acontecia no jogo. Entrámos ligados. Depois o jogo não se tornou extremamente difícil. Acomodámo-nos um bocadinho à falsa ideia de que iríamos fazer um golo. Baixámos os índices de agressividade e de concentração. É um banho de humildade para todos nós, a começar pelo treinador.

Conheço o Ricardo Baixinho. É um árbitro muito pouco condescendente. Senti que, como (o Benny) tinha amarelo naquelas condições, poderia ser expulso. Foi essa a razão (para a substituição aos 41 minutos). 

Estamos com duas derrotas consecutivas. Foi um jogo fraco. Temos de o assumir. É muito simplista analisar este jogo do ponto de vista tático. O futebol é um jogo onde duas forças se encontram. Quando ganhamos duelos e somos mais agressivos, estamos mais perto (de vencer). Poderíamos ter vantagem técnico-tática, mas faltou a atitude e a mentalidade para ganhar”.