Casa Pia 3-0 Chaves

Em Rio Maior disputou-se o quarto encontro entre equipas da Liga e Liga 2 nesta quarta eliminatória da Taça de Portugal. O Casa Pia numa sequência de quatro jogos sem perder (duas vitórias e dois empates) recebeu um Chaves em crescendo no segundo escalão (quatro triunfos consecutivos).
E à semelhança de Rio Ave, Vitória SC e SC Braga também o conjunto da primeira divisão levou a melhor. Com uma mistura de habituais titulares – Duplex Tchamba, Ruben Kluivert ou Nuno Moreira – e peças secundárias – Ricardo Batista, Larrazabal ou Livolant – o Casa Pia entrou a todo o gás e Cassiano abriu o marcador aos 2 minutos.

Nuno Moreira (44’) dilatou a vantagem dos anfitriões com um penálti convertido antes do intervalo. No segundo tempo, Livolant (56’) colocou um ponto final nas dúvidas quanto ao resultado, e o domínio dos gansos ficou ainda mais confirmado com a expulsão de Morim aos 71 minutos.
O Casa Pia segue para os oitavos de final, onde vai medir forças com o Rio Ave.
Leixões 0-2 SC Braga

Um duelo especial para Carlos Carvalhal. Agora no comando do SC Braga, o treinador defrontou o Leixões, clube que levou à final da Taça de Portugal em 2002, quando os Bebés do Mar ainda estavam no terceiro escalão.
Na edição de 2024/25 da prova rainha, o encontro era no Estádio do Mar, e o SC Braga entrava algo pressionado depois de um empate (com Elfsborg) e uma derrota (com Sporting) antes da pausa internacional. Por isso não facilitou no onze e acabou por chegar ao golo logo aos 12 minutos, quando Bruma rematou de fora de área e um desvio em Hugo Basto enganou Stefanovic.
O internacional português confirmou o bom momento ao fechar as contas com um belo livre direto aos 67 minutos. Foi um duro golpe para a turma leixonense que, por ocasião da falta, tinha ficado reduzida a 10: Rafael Santos viu o segundo amarelo (no espaço de cinco minutos) e deixou os anfitriões reduzidos a 10. Ricardo Horta (90+3') ainda acertou no poste, mas o marcador não se alterou mais.
O SC Braga avança para os oitavos de final, onde espera a grande surpresa da prova, o Lusitano, do Campeonato de Portugal.

Vitória SC 2-0 União de Leiria

Um duelo de históricos no Estádio D. Afonso Henriques. Outrora adversários habituais no primeiro escalão, Vitória SC e União de Leiria voltaram a encontrar-se após um hiato de 12 anos e agora separados por uma divisão, o conjunto vimaranense impôs a lei do mais forte.
O primeiro tempo ficou marcado pela confirmação de Óscar Rivas como goleador, com o central a aparecer ao segundo poste, na sequência de um livre, e a desfazer o nulo aos 43’. A vantagem mínima no segundo tempo deu algum alento à União de Leiria que corrigiu a postura e procurou atormentar a baliza de Charles.

Foi já nos minutos finais que surgiu o momento polémico. Rofino recuperou a bola e após uma combinação foi derrubado por Borevkovic na área. O árbitro assinalou penálti, estava tudo pronto para a marcação do castigo máximo, mas após quatro minutos a decisão foi revertida por indicação do auxiliar, e sem o VAR. Na sequência, Kaio César matou o jogo, numa jogada de insistência.
Avança o Vitória SC para os oitavos de final, numa estreia amarga para Silas no comando da União de Leiria.
Lusitano de Évora 3-2 AVS
Eis a grande surpresa da quarta eliminatória da Taça de Portugal. Depois de ter tombado Académico Viseu e Estoril, o Lusitano de Évora adicionou mais uma equipa profissional à lista de escalpes. Desta vez foi o AVS que sucumbiu perante o verdadeiro tomba-gigantes desta edição.
A estreia de Daniel Ramos no comando da equipa das Aves começou de forma amarga, com Dinis Lopes a aparecer na cara de Simão Bertelli e a colocar os alentejanos na frente. Tudo mais complicado aos 33 minutos, quando Miguel Lopes (33’) dilatou a vantagem da equipa da casa na marcação de uma grande penalidade.
Do outro lado, o experiente Nenê respondeu na marcação de um penálti, mas qualquer esperança de recuperação do AVS terminou no segundo tempo. Gustavo Assunção foi expulso com dois amarelos no mesmo minuto (57’) e pouco depois Dinis Lopes (64’) aproveitou uma bola perdida na área e rematou para o 3-1. Zé Luís (90+4') ainda reduziu, mas não foi o suficiente.
Segue o Lusitano de Évora, do Campeonato de Portugal, o quarto escalão, em frente.
Arouca 1-2 Farense

Aflitos na classificação da Liga Portugal, onde estão na zona perigosa da tabela, Arouca (16.º classificado) e Farense (último) procuravam uma tábua de salvação na Taça de Portugal. E neste duelo entre primodivisionários, acabou por sorrir o conjunto algarvio.
O resultado foi todo construído no primeiro tempo. Dário Poveda (7’) colocou o Farense em vantagem. Alfonso Trezza (16’) aproveitou uma atrapalhação de Kaique na área e fez o empate para a equipa da casa. Contudo, Elves Baldé (32’) devolveu os algarvios à frente do marcador, de onde não mais saíram.
Contas feitas, o Farense passou na Serra da Freita e segue para os oitavos de final da Taça de Portugal.

Alverca 2-2 Rio Ave (2-4 após penáltis)
Esteve próxima a primeira surpresa desta quarta eliminatória da Taça de Portugal. Recém-promovido à Liga 2, o Alverca quis vestir o fato de tomba-gigantes e quase eliminou o Rio Ave do primeiro escalão, mas os vila-condenses conseguiram uma reviravolta nos penáltis.
Depois de se ter estreado com uma vitória no Bessa, Petit tinha agora um desafio com algumas armadilhas em Alverca e apresentou-se com algumas mudanças – Martim Neto, Ahmed Hassan e Jhonatan Luiz na baliza – mas com outros nomes mais habituais – Aderllan Santos, Omar Richards ou Vrousai – para evitar surpresas.
Contudo, o Alverca fez valer o fator casa. Aos 38 minutos, Alysson abriu o ativo após passe de Andézinho e deixou os ribatejanos na frente do marcador ao intervalo. No regresso dos balneários, a festa foi ainda maior, já que Anthony Carter precisou de apenas 38 segundos para fazer o 2-0.

Determinado a procurar o triunfo, o Rio Ave carregou no segundo tempo. Pedro Silva negou o golo a Aderllan aos 61’ com uma grande defesa, mas os vila-condenses ganharam novo alento aos 83’, quando Thauan Lara viu o segundo amarelo por simulação e acabou expulso.
Lançado aos 85’, Zoabi (88’) pontuou a estreia com um belo golo de cabeça a passe de Kiko Bondoso. Era o que o Rio Ave precisava e a recuperação acabou por chegar já em tempo de compensação, quando o árbitro descortinou uma mão na bola na área ribatejana. Chamado a converter, Clayton não desperdiçou e enviou a bola para o fundo das redes.
Nos 30 minutos extra, as melhores oportunidades até pertenceram ao Rio Ave. João Lima testou Jhonatan Luiz (102’), que mostrou grandes reflexos, e Alysson acertou no poste na sequência de um livre lateral, mas o marcador não se alterou.
Na hora de marcar penáltis, o herói foi Jhonatan Luiz. O guarda-redes do Rio Ave defendeu os penáltis de Ageu e João Lima e decidiu a partida. João Novais, Clayton, Vrousai e Brandon Aguilera concretizaram os quatro remates dos vila-condenses que assim venceram.
Lusitânia 0-2 São João de Ver

Nos Açores, os golos da equipa visitante, penúltima classificado do série A da Liga 3, só surgiram no segundo tempo, por intermédio de Batista, aos 58 minutos, e Ruca, aos 65. A equipa da casa, última classificada do série B da Liga 3, dominou o jogo durante a primeira parte, com vários lances de perigo que, no entanto, não conseguiu concretizar.
Num relvado em más condições, no Estádio João Paulo II, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Nicolas Souza podia ter inaugurado o marcador para o Lusitânia aos 25 minutos, mas a bola passou a poucos centímetros da baliza de Benjamim. Aos 31 minutos, com o guarda-redes fora da baliza, Ricardo Isabelinha esteve à beira do golo, mas a bola foi travada em cima da linha por um jogador do São João de Ver. A equipa de Santa Maria da Feira chegou, por algumas vezes, à baliza do adversário, mas o Lusitânia teve mais posse de bola e mais oportunidades de golo.
A segunda parte arrancou com a equipa dos Açores novamente mais dominante, com Rafael Silva Tche a desperdiçar uma oportunidade de golo, num lance em que Benjamim voltou a ter de ser auxiliado por um jogador do São João de Ver para evitar o golo. Ao minuto 58, deu-se a reviravolta, com Batista solto no segundo poste a rematar para o fundo da baliza, na sequência de um cruzamento de Ruca. A partir deste lance, os visitantes controlaram melhor o jogo, marcando pela segunda vez, aos 65 minutos, num canto direto marcado por Ruca, com muitas culpas do guarda-redes Diogo Sá.
O São João de Ver segurou o resultado, com maior pressão no meio campo do adversário, e passou aos oitavos de final, onde defrontará Oliveira do Hospital ou Cinfães.