“Não vamos ao Dragão para perder o jogo, mas para mostrar os nossos argumentos, conscientes que o FC Porto tem mais do que nós”, afirmou Ricardo Oliveira, detentor de 90 por cento das ações da SAD do Sintrense.
Pela terceira vez nos últimos anos, o Sintrense cruza com o FC Porto na Taça de Portugal, tendo nas duas anteriores sido eliminado, respetivamente em 2024/25, derrota por 3-0, e 2021/22, por 5-0, em ambos os casos na terceira ronda.
“Fomos eliminados no passado e como será de esperar voltaremos a ser eliminados. Ainda por cima a jogar com o FC Porto no Dragão, mas os milagres acontecem. No entanto, não vamos para o Dragão para perder”, disse Ricardo Oliveira.
O acionista maioritário do Sintrense recordou que o foco principal da equipa que compete no Campeonato de Portugal é subir de divisão e é nesse objetivo que se tem de concentrar, muito embora entenda o atrativo de jogar com o FC Porto.
“Ir ao Dragão é uma felicidade e uma boa almofada (financeira) para uma equipa como o Sintrense, mas eles (jogadores) não podem retirar a atenção do campeonato, que é onde estamos a lutar para subir de divisão”, explicou Ricardo Oliveira.
Adepto do Sporting, clube ao qual concorreu à presidência nas últimas eleições, Ricardo Oliveira afirmou ter “muito respeito pelo FC Porto” e uma “franca simpatia pelo seu presidente”, André Villas-Boas, com quem tem “excelente relação”.
“Vamos dar o nosso melhor, porque é esse o espírito do Sintrense, e no apito final veremos quem ganhou, mas a probabilidade maior é ser o FC Porto”, reconheceu, apesar de nem sempre a equipa favorita no papel, à partida, vencer.
A eliminação do Rio Ave (3-2), num jogo que deixou Ricardo Oliveira com o coração aos saltos, tendo mesmo saído da tribuna e regressado no último minuto dos descontos, e que lhe proporcionou uma “alegria gigante”, é uma prova disso mesmo.
“Com todo o respeito pelo Rio Ave, que na folha era muito mais forte que o Sintrense, isto é futebol e a Taça é assim. O futebol e o desporto têm destas coisas e naquele dia o Sintrense foi melhor”, reconheceu o dono do clube.
Ricardo Oliveira recordou que na ronda anterior o Sintrense já tinha afastado o Vizela, da Liga 2, e justifica o êxito do clube, que está mais forte do que na última época, com liderança, trabalho, competência e espírito forte.
“Temos vindo a formar um grande grupo e esta época estamos ainda mais fortes. A equipa técnica é nova, competente, os jogadores têm outras características e o espírito do grupo está também muito forte”, acrescentou.