Belenenses 1-2 Estoril
O Estoril Praia saiu para intervalo em vantagem graças a um golo de Pizzi, na cobrança de uma grande penalidade aos 27 minutos, mas na segunda parte o conjunto do Restelo reagiu e igualou aos 50, por Eduardo Souza. O empate prolongou-se e o cenário prolongamento parecia definir-se, mas André Lacximicant apontou o golo decisivo para os canarinhos aos 90+4 minutos.
Com este triunfo sobre o seu vizinho lisboeta, a equipa da Linha de Cascais segue para a quarta eliminatória da prova rainha e irá marcar encontro com o Famalicão, em casa, num duelo de primodivisionários, evitando uma eliminação precoce, a exemplo do que sucedeu com Rio Ave, Alverca, Estrela da Amadora, Gil Vicente e Moreirense, todos afastados por equipas dos escalões inferiores.
O Estoril Praia começou determinado em evitar surpresas e criou perigo aos sete minutos através de André Lacximicant, que apenas não celebrou devido a excelente intervenção de Gonçalo Pinto.
O conjunto visitante, favorito à partida em função dos dois escalões de diferença, mostrava-se mais afirmativo e voltou a esbarrar na boa prestação do guardião belenense, Gonçalo Pinto, que defendeu com os punhos um remate potente (e distante) de Tiago Brito.
O Estoril Praia ameaçava o primeiro golo e obteve-o aos 27 minutos na conversão de uma grande penalidade, conquistada por André Lacximicant, que se antecipou a Gonçalo Pinto, obrigando-o a derrubá-lo. Na cobrança, Pizzi não desperdiçou e colocou os estorilistas na frente do resultado.
O emblema visitante continuava mais rematador e vencia com justiça perante um Belenenses que, no primeiro período, incomodou a baliza do Estoril Praia por duas ocasiões, aos 20 minutos por Midana Sambu e aos 45+1 por Miguel Bandarra.
A ida aos balneários reforçou a fé do emblema do Restelo, que em menos de cinco minutos descobriu a igualdade através de parceria formada entre Evandro Barros, que amorteceu a bola, e Eduardo Souza, que aproveitou a oportunidade para finalizar.
O empate moralizou o Belenenses e a partida foi seguindo equilibrada até aos minutos finais, que tiveram uma oportunidade para cada lado - André Lacximicant aos 83 minutos e João Machado pelo Belenenses aos 90+1.
Perto do final, Lacximicant, que já havia estado em evidência com alguns remates perigosos no decorrer do encontro, decidiu a eliminatória a favor do Estoril Praia com um remate cruzado após ter sido assistido por Yanis Begraoui, que recuperou o esférico, iniciou a transição e serviu a preceito o seu companheiro de equipa para o golo da vitória.
União de Lamas 0-1 Vitória SC
O cabeceamento do defesa central espanhol Óscar Rivas, ao minuto 51, revelou-se decisivo, perante um cenário em que os minhotos impuseram o seu domínio, com diversas oportunidades, mas tiveram dificuldades em apresentar o seu melhor futebol devido ao estado do relvado.
Francisco Enes, guarda-redes do União de Lamas, teve várias intervenções exigentes ao longo do primeiro tempo, com destaque para o impressionante mergulho em resposta ao forte remate de Samu, aos 24 minutos.
A grande oportunidade dos visitantes da metade inicial ocorreu aos 37 minutos, quando se gerou uma grande concentração de jogadores dentro da área dos anfitriões - o guardião unionista defendeu a bola numa primeira instância, mas esta ficou à boca da baliza, sem que ninguém conseguisse desviar.
O nulo ao intervalo era meritório para a equipa da Série B do Campeonato de Portugal, muito aguerrida na tentativa de contrariar o maior poderio vimaranense.
Mas, aos 51 minutos, a partir de um pontapé de canto exemplarmente cobrado por Samu Silva, Óscar Rivas saltou mais alto do que todos os adversários e, de cabeça, inaugurou o marcador.
Com o resultado a seu favor, o Vitória SC conseguiu uma maior tranquilidade, embora não tenha evitado algumas aproximações pontuais do adversário à sua baliza.
Aos 70 minutos, o guarda-redes Francisco Enes cometeu um erro crasso, deixando a bola à disposição de Alioune Ndoye, que assistiu Diogo Sousa, mas o jovem médio desperdiçou a oportunidade de dilatar a vantagem com a baliza à sua mercê e a margem mínima manteve-se até final.
Na próxima eliminatória, o Vitória SC recebe o Mortágua, da Série C do Campeonato de Portugal.
Vila Real 1-5 Tondela
Yefrei Rodríguez (dois minutos), João Afonso (45+1), Yarlen (55), Jordan Siebatcheu (56) e Yaya Sithole (84) assinaram os cinco golos do primodivisionário Tondela, no jogo da terceira ronda, face a um conjunto do Campeonato de Portugal que ainda fez o gosto ao pé, aos 30, de penálti, por Chiquinho.
O Tondela entrou melhor, adiantando-se no marcador logo aos dois minutos, com um golo de Yefrei Rodríguez.
Em desvantagem, o Vila Real foi resistindo à pressão alta e perfurando o esquadrão auriverde até à área adversária, sobretudo pela ala direita e por intermédio de Azevedo, mas sem grande critério nas finalizações.
À passagem do minuto 18, Neto esteve muito perto de empatar, com um cabeceamento nas alturas, mas a bola rasou o ângulo direito.
Logo depois, Chiquinho avançou isolado em direção à área dos beirões, mas não conseguiu vencer o um para um com Canizares, numa altura em que a partida estava muito intensa, com contra-ataques rápidos em ambos os sentidos.
Do lado do Tondela, Pedro Maranhão ameaçou várias vezes a baliza de José Monteiro, mas a bola teimou em passar por cima da trave. A sorte acabou por sorrir ao Vila Real, que empatou aos 30 minutos, numa grande penalidade batida por Chiquinho.
Já nos descontos, João Afonso apareceu sozinho na área transmontana, aproveitou uma bola solta e rematou a contar, voltando a colocar o Tondela na frente do marcador.
Apesar de o Vila Real ter regressado ao relvado motivado, a segunda parte foi dominada pelo Tondela, que marcou dois golos em dois minutos: Yarlen tirou partido de uma hesitação do guardião alvinegro e assinou o terceiro dos auriverdes e, logo a seguir, Jordan Siebatcheu aproveitou o desnorte da equipa vila-realense e bateu José Monteiro.
Os golos do Tondela exaltaram os ânimos no banco e na bancada dos lobos do Marão. Já dentro de campo, os jogadores continuaram à procura do caminho para a área beirã. Apesar do esforço dos transmontanos, o Tondela voltou a dilatar a vantagem, aos 84 minutos, com um encosto certeiro de Yaya Sithole.
Sintrense 3-2 Rio Ave
O Rio Ave colocou-se em vantagem com um golo de Marc Gual (20 minutos), mas a equipa de Sintra conseguiu a reviravolta, com um golo de Henrique Henriques (39) e um bis de Valdu Té (57 e 60). O melhor que o Rio Ave logrou foi reduzir, pelo israelita Karem Zoabi (81).
Com este triunfo, a equipa do Sintrense segue para a quarta eliminatória da prova rainha, depois de já ter eliminado o Oriental na ronda anterior, e vai medir forças com o FC Porto, no Dragão.
Já o Rio Ave, junta-se a Alverca, Estrela da Amadora, Gil Vicente e Moreirense entre os clubes primodivisionários que saem da Taça derrubados por equipas dos escalões inferiores.
O Rio Ave entrou melhor no jogo e cedo tomou conta das operações a meio-campo, com o Sintrense a dar-se mal com a pressão alta dos vilacondenses. Aos cinco minutos, Marc Gual atirou ao poste, no primeiro lance de golo em Sintra.
O espanhol queria mesmo marcar na visita a Sintra e, aos 20 minutos, atirou a contar: após recuperação no meio-campo ofensivo, o Rio Ave apanhou os sintrenses em contrapé e Gual, desta feita, teve boa mira e atirou ao ângulo.
A hegemonia da equipa de Vila do Conde durou até à meia hora, altura em que o Sintrense subiu linhas e começou a incomodar Kevin Chamorro.
O empate apareceu já perto do intervalo, aos 39 minutos, por Henrique Henriques. Após cruzamento no flanco direito, o médio apareceu desmarcado na área e atirou para o poste mais distante, fazendo o empate com que se chegou ao intervalo.
Empolgado pelo fator casa, o Sintrense manteve a toada na entrada para o segundo tempo, teve um golo anulado, mas, aos 57 minutos, festejou a valer, com Valdu Té a rematar imparável na recarga a um canto rechaçado pela defesa do Rio Ave.
O Sintrense aproveitou a desorientação do Rio Ave e, apenas três minutos depois, ampliou a vantagem para 3-1, com Valdu Té a bisar, num lance confuso na área que o avançado concluiu com um toque de calcanhar no chão.
Com a desvantagem de dois golos, a equipa de Sotiris Sylaidopoulos voltou a acordar e passou a jogar no meio-campo do Sintrense. Depois de uma bola na trave, um livre acabou por dar o 3-2 aos vila-condenses, com Karem Zoabi a antecipar-se na altura da recarga e a bater Rodrigo Santos.
O israelita ainda teve nos pés a derradeira oportunidade do Rio Ave, que podia ter levado o jogo para prolongamento, mas a bola embateu com estrondo no poste e permitiu ao Sintrense fazer a festa.
Ançã 0-3 Casa Pia
A equipa lisboeta precisou de apenas 10 minutos para inaugurar o marcador pelo espanhol Larrazabal, que lançado pelo seu meio-campo apareceu isolado no lado direito do ataque e à saída do guarda-redes Pedro Dias efetuou um chapéu com conta e medida.
No Complexo Desportivo de Ançã, a equipa da casa esboçou uma reação e Eric Costa, aos 24 minutos, ainda conseguiu isolar-se na esquerda do seu ataque, mas perdeu tempo e a defesa recompôs-se e afastou a bola.
O Casa Pia ameaçou aos 36 minutos, num cabeceamento de Osundina, e, aos 44, num remate em rotação de Cassiano, que passou ligeiramente por cima da trave da baliza do Ançã.
Aos 45 minutos, o espanhol Larrazabal ganhou novamente na direita e já dentro de área rematou cruzado para o 2-0.
Na segunda parte, a equipa de Pina Manique acentuou o domínio e, aos 57 minutos, o defesa João Goulart cabeceou para uma defesa difícil do guarda-redes do Ançã.
A formação dos distritais de Coimbra dispôs da sua melhor oportunidade aos 71 minutos, por Yuran Seia, que dentro da área, em excelente posição de finalizar, acertou mal na bola, na sequência de um livre indireto.
O Ançã ainda procurou o golo da consagração, mas foi o Casa Pia a dilatar a vantagem já nos instantes finais, aos 90+5 minutos, por Tiago Morais, que só teve de encostar depois do cruzamento rasteiro de Cassiano, junto à linha de fundo.
Atlético 2-0 Felgueiras
No Estádio da Tapadinha, em Lisboa, Catarino Pascoal, aos 52 minutos, e Caleb, aos 88, apontaram os golos da turma lisboeta, finalista vencida da prova-rainha em 1945/46 e 1948/49, que será a anfitriã do recordista de títulos Benfica, com 26.
A primeira parte do encontro pautou-se pelo equilíbrio, com um ascendente inicial do Atlético, a procurar algumas aproximações à baliza contrária, mas rapidamente o Felgueiras equilibrou, embora sem ocasiões de destaque junto das duas balizas.
O nulo ao intervalo era demonstrativo, mas o Atlético teve uma reentrada forte na partida e, aos 52, num ataque rápido a variar o flanco, Catarino Pascoal recebeu a bola dentro de área e, com uma boa desmarcação, atirou rasteiro para fazer o 1-0.
O treinador Agostinho Bento respondeu de imediato ao tento sofrido, fazendo de uma assentada quatro substituições no Felgueiras, aos 59, o que deu mais bola à equipa do distrito do Porto, mas esbarrando na organização defensiva do Atlético.
O Felgueiras bem tentava, mas foi o Atlético a dar a machadada no resultado, aos 88, quando, logo após uma tripla alteração na equipa, resgatou a bola e chegou ao último terço, com Caleb a finalizar e a garantir a passagem à próxima eliminatória.
Fafe 1-0 Moreirense
O defesa central João Batista sentenciou a eliminatória minhota aos 67 minutos, num pontapé livre em posição frontal à baliza que tabelou em Marcelo e traiu o guarda-redes André Ferreira, premiando o maior esclarecimento fafense na etapa complementar do desafio, após 45 minutos iniciais com parcos motivos de interesse.
Entre as várias paragens que marcaram a primeira parte, a equipa de Moreira de Cónegos controlou quase sempre a bola, mas errou várias vezes no passe e só ameaçou a baliza à guarda de João Gonçalo por uma ocasião, num remate de Benny por cima, aos 33 minutos.
Organizada a defender e batalhadora nas disputas de bola, a formação auri-negra também foi ineficaz quando chegou à área contrária, com Théo Fonseca a mostrar-se incapaz de desviar a bola para o fundo das redes, aos 20 minutos, e Carlos Daniel a atirar ao lado, de fora da área, aos 40.
A segunda metade do encontro começou na mesma toada da primeira, mas o Fafe afinou a circulação de bola à medida que o cronómetro avançava, voltou a testar a atenção de André Ferreira num remate de Ká Semedo, aos 64 minutos, e apontou o golo decisivo três minutos depois.
João Batista ganhou balanço, rematou com força e contou com a ajuda de Marcelo para garantir uma vantagem que a equipa treinada por Mário Ferreira soube gerir, longe da baliza, à exceção do remate perigoso de Rodrigo Alonso, nos instantes finais.
Outros resultados:
Lusitano 4-1 Olivais e Moscavide