Recorde as incidências da partida
Roger Schmidt nada mudou no onze do Benfica para a Taça de Portugal, com a principal novidade a residir no banco de suplentes, com o reforço Marcos Leonardo a ser convocado pela primeira vez.
Já do lado do SC Braga, Bruma e Al Musrati ficaram novamente de fora das opções de Artur Jorge, com Álvaro Djaló a começar no banco, tal como Matheus e José Fonte, as duas mudanças por opção técnica em relação ao jogo com o Vitória SC. Lukas Hornicek e Paulo Oliveira foram as novidades no onze do Estádio da Luz.

SC Braga fez trabalho de casa
O Benfica entrou ao ataque, aos 2 minutos Ricardo Horta cortou uma iniciativa de João Mário, aos 3' foi Paulo Oliveira a cortar o cruzamento de Morato mas foi o SC Braga, aos 4', a causar o primerio calafrio, quando Borja cruzou para cabeceamento de Zalazar, por cima mas já em posição adiantada.
Aos 7 minutos foi mesmo necessário Trubin brilhar quando Victor Gómez ganhou espaço na zona central e rematou para intervenção do guarda-redes, desviando para canto. E foi na sequência dessa bola parada que o SC Braga passou para a frente do marcador: canto de Borja, para a entrada da área, remate forte de Zalazar e a bola a ainda desviar em João Mário para o 1-0 no Estádio da Luz.
O Benfica tentou reagir à desvantagem e, depois de Hornicek desviar um canto de Di María, foi João Neves, de meia distância, aos 12 minutos, a atirar a rasar o poste esquerdo da baliza do SC Braga.
Em cima do quarto de hora, em novo canto, desta vez batido por Kokçu, foi António Silva a cabecear a Hornícek a desviar para mais uma bola parada para os encarnados.
O SC Braga, porém, conseguiu equilibrar a partida, responder à reação do Benfica e, com trocas simples seguras de bola, começar a enervar equipa e bancadas da Luz.
Aos 33 minutos Rafa esticou jogo, ganhou espaço pelo meio e, sem linha de passe, arriscou no remate, contra Paulo Oliveira, conquistando mais um canto.
O nervosismo crescia, também pelas constantes paragens no jogo, uma delas motivada por queixas físicas de Abel Ruiz.
Rafa acendeu o rastilho
A verdade é que num dos momentos menos positivos do Benfica no jogo, o golo chegou aos 42 minutos, e através do suspeito do costume nos últimos tempos: recuperação de João Neves, grande passe de Kokçu a isolar Rafa que, na cara de Hornícek, rematou rasteiro e colocado para o 1-1.
A Luz explodia, a equipa empolgava-se e, dois minutos depois, num lançamento lateral rápido, João Mário serviu Arthur Cabral, que fez o que quis de Serdar e rematou cruzado para Hornícek, muito mal batido, deixar a bola passar entre as pernas. O avançado brasileiro saltou em direção às bancadas, abraçado pelos adeptos, e a festa regressava ao Estádio da Luz, com a reviravolta consumada ainda antes do intervalo.
Ainda antes do intervalo, no terceiro dos quatro minutos concedidos por Artur Soares Dias, António Silva tentou um golo de pontapé de bicicleta, após livre de Kokçu.

Zalazar ainda tinha mais
Para a segunda parte Artur Jorge não fez alterações, apesar de Álvaro Djaló ter estado a aquecer, mas logo aos 48 minutos o SC Braga conseguiu chegar ao empate. E com um golaço de Zalazar, que bisava na Luz. Canto conquistado pelo próprio Zalazar, Otamendi afastou mas a bola foi ter com o médio uruguaio que, de fora da área e de pé direito, a uns 30 metros da baliza de Trubin, rematou fote, colocado, com a bola a ainda bater na barra, sem dar qualquer hipótese a Trubin.
Aos 58 minutos, após bom trabalho de Arthur Cabral, na direita, a servir Di María, o extremo deixou para a entrada do compatriota Otamendi, que rematou muito por cima.
No minuto seguinte, novamente Arthur Cabral, agora no remate que Hornícek defendeu, primeiro, e Borja limpou, depois.
Em cima da hora de jogo, já com intervenção de Álvaro Djaló, pela direita, Zalazar esteve pertíssimo do hat trick, valendo a defesa de Trubin, junto ao poste, cedendo canto.
Aos 63' foi Ricardo Horta, agora pela esquerda, a rematar em jeito mas ao lado, num lance controlado por Trubin.
Aos 67 minutos, num livre conquistado pelo mesmo Ricardo Horta, cometido por Otamendi, junto à grande área, Zalazar voltou a travar duelo com Trubin, desta vez ganho pelo guarda-redes ucraniano. Um minuto depois, Abel Ruiz lançou Djaló na direita, o extremo cruzou e Ricardo Horta, do outro lado, não chegou por centímetros para o desvio.
Perante as ameaças do SC Braga, respondeu o Benfica com eficácia: aos 70 minutos António Silva serviu Arthur Cabral que, de calcanhar, serviu a desmarcação de Aursnes, da direita, com o noruguês a rematar para o 3-2 para os encarnados.
Aos 72 minutos Roger Schmidt mexeu pela primeira vez, retirando João Mário para colocar Florentino no meio-campo do Benfica. Aos 73', num canto de Di María, a bola foi ter com Arthur Cabral que, sem reação, não conseguiu o desvio para a baliza.
Para o último quarto de hora Artur Jorge lançou Joe Mendes e Roger, tirando Vítor Carvalho e Victor Gómez, em busca de, pelo menos, novo empate na Luz, mas foi o Benfica a dispor de nova ocasião, aos 81 minutos, com Di María, de livre, a atirar contra a barreira.
Aos 82 minutos, novamente de meia distância, Zalazar tentou a sorte mas desta vez a bola saiu fraca e fácil para Trubin segurar.
Aos 88 minutos Artur Jorge voltou a arriscar, tirando Borja e Zalazar para lançar André Horta e Pizzi, que foi muito aplaudido no regresso à Luz. Respondeu Roger Schmidt, em cima do minuto 90, com Tiago Gouveia e Musa nos lugares de Di María e Arthur Cabral.
Nos cinco minutos de compensação o Benfica tentou gerir a posse de bola, sempre no meio-campo defensivo do SC Braga, ganhando ainda um livre em cima da grande área, do lado esquerdo, quando Pizzi meteu a mão à bola. Kokçu, na transformação do livre, aos 90+4', bateu direto para defesa de Hornicék.

Com este triunfo, o Benfica está nos quartos de final da Taça de Portugal, juntando-se assim a Sporting, FC Porto, Vizela, Gil Vicente e União de Leiria.
Homem do jogo Flashscore: Rodrigo Zalazar (SC Braga)