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Taça do Rei: Real Madrid lambe as feridas no prolongamento com Endrick e Valverde em grande (5-2)

Vinícius e Mbappé, os autores dos golos contra o Celta
Vinícius e Mbappé, os autores dos golos contra o CeltaJAVIER SORIANO / AFP
A ferida é mais profunda do que se pensava. O Real Madrid chegou aos quartos de final da Taça do Rei com muito desgaste, depois de ter sofrido assobios dos adeptos e de ter deixado escapar uma vantagem de 2-0, aos 82 minutos, contra o Celta. Foi preciso ir a prolongamento, depois dos golos de Bamba e Marcos Alonso, dois presentes de Camavinga e Asencio, para conseguir a dispendiosa passagem, que conseguiu graças a dois golos de Endrick e um golaço de Fede Valverde.

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O Bernabéu não perdoa. Ferido no seu orgulho pela manita do Barça na Supertaça, o plebiscito ficou claro assim que o nome de Tchouaméni soou no altifalante. Culpado. Os apitos aumentavam a cada vez que o francês tocava na bola. Os adeptos madridistas não estavam contentes com ele nem com os companheiros. E o Celta quase aproveitou a pressão das bancadas com um cabeceamento de Starfelt que acertou na trave.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Só um golo poderia mudar o mal-estar geral. Mas o Celta estava a defender muito bem, não deixando espaço para as investidas de Mbappé e Vinícius, mais uma vez titulares. Foram seis as alterações em relação ao Clásico. E mais sentido coletivo e empenho defensivo, mas nada que gerasse perigo... até que o Celta cresceu e fez frente a Lunin. O ucraniano quase cometeu uma grande penalidade num frente a frente com Swedberg, mas a ação continuou com um contra-ataque que Mbappé estufou e comeu sozinho para inaugurar o marcador. Imparável com espaço. Os adeptos de Vigo reclamaram, mas o VAR disse que não, cores para todos os gostos. Polémica garantida.

Com esse desconforto no corpo, os homens de Giráldez tiveram de regressar ao relvado após o intervalo, sabendo que tinham de correr riscos, mesmo à custa de uma defesa mais frágil. O que não esperavam era que, três minutos depois, Vinicius, que também tinha sido assobiado, fizesse o 2-0. Uma grande jogada de Mbappé, que fez a ligação com Brahim e o malaguenho, após um controlo sensacional, deixou Vini sozinho no frente a frente com Villar.

Camavinga, fogo amigo

O Celta mal conseguiu recuperar do golpe, com um remate de Fran Beltrán que não acertou no alvo. E de imediato, novas oportunidades para o terceiro. Starfelt afastou em cima da linha um remate do brasileiro, Mbappé falhou por pouco o ângulo superior, Moriba atrapalhou Brahim no último segundo... O Madrid ameaçava, mas o golo não aparecia. Depois, num momento de calma para os Blancos, Lunin teve de ganhar o seu salário com um grande remate de Hugo Sotelo.

Após este momento de relaxamento, os homens de Ancelotti voltaram ao ataque e marcaram o terceiro golo, um presente de Vini a Güler. Mas o brasileiro estava em fora de jogo e o golo foi anulado. Isto deu esperança ao Celta. E mais esperança havia de surgir quando Camavinga cometeu um erro grosseiro que permitiu a Bamba marcar para fazer o 2-1.

Ainda havia tempo, oito minutos mais descontos, para forçar o prolongamento, aproveitando o ataque de pânico dos madrilenos... que se refletiu num Asencio demasiado entusiasmado, que derrubou Bamba dentro da área. Marcos Alonso não teve meias medidas em fazer o 2-2 e levar o jogo para o prolongamento.

Depois de quase não ter criado perigo frente a Iván Villar, foi a entrada de Rodrygo na segunda parte que relançou o Madrid. Aos 107 minutos, Endrick atirou de pé esquerdo para a baliza e festejou com fúria e raiva o 3-2.

Aos 112 minutos, Fede Valverde disparou um míssil vindo do Uruguai para fazer o 4-2 com estrondo.

E aos 119 minutos, Endrick novamente, desta vez com um toque de calcanhar, selou a vitória.