Mais

Alejandro Dominguez reeleito presidente da Conmebol

Alejandro Domínguez, reeleito presidente da CONMEBOL.
Alejandro Domínguez, reeleito presidente da CONMEBOL.DANIEL DUARTE / AFP

O paraguaio Alejandro Domínguez foi reeleito esta quinta-feira como presidente da CONMEBOL, durante o 81.º Congresso Ordinário da organização, realizado na sua sede em Luque, nos arredores de Assunção.

"É com grande paixão que renovo o meu compromisso. Sinto-me encorajado a continuar o trabalho que iniciámos. O que está por vir é ainda melhor", disse o paraguaio.

Dominguez é presidente da entidade máxima do futebol sul-americano desde 2016 e, com sua reeleição, permanecerá à frente da entidade até 2030.

O presidente da FIFA, Gianni Infantino, disse numa mensagem que Dominguez "fez um excelente trabalho à frente da CONMEBOL nos últimos anos e a sua reeleição é bem merecida".

"O futebol vai unir o mundo", sublinhou.

Alejandro assumiu a presidência da Conmebol na sequência do caso FIFAgate, que revelou uma rede de corrupção no futebol que levou à detenção e acusação de mais de uma dezena de dirigentes, na sua maioria sul-americanos.

Durante o seu mandato, o organismo recuperou mais de 112 milhões de euros até à data, de acordo com um relatório oficial divulgado na assembleia.

Na última parte da assembleia, os líderes receberam o presidente do Paraguai, Santiago Peña.

Na presença do presidente, A. Domínguez reafirmou o seu "compromisso com a honestidade, a transparência e a responsabilidade" e disse que a geração de receitas não deve ser feita à custa dos clubes endividados.

Fair play financeiro

O presidente da Conmebol anunciou a implementação de um "Fair Play Financeiro" como o próximo passo para uma estrutura mais sólida e responsável.

"Não queremos clubes endividados, queremos clubes fortes. Queremos que os jogadores sejam pagos a tempo e horas. Queremos que o dinheiro seja investido na logística que garantirá o nosso futuro", afirmou.

"Para ser campeão, é preciso ter a melhor equipa", observou na sua mensagem, sublinhando que as equipas sul-americanas não devem competir apenas com equipas de outras regiões. "Vamos entrar em campo para ganhar", disse.

"Não importam os nomes, o que importa é chegar ao troféu máximo para que o futebol sul-americano mantenha a sua história em alta e se projete para conquistar o mundo", enfatizou.

Os desafios imediatos da Conmebol

Para além do Campeonato do Mundo de 2026 na América do Norte, os países membros da CONMEBOL enfrentam uma série de desafios imediatos no calendário internacional: o Mundial Sub-20, que será disputado no Chile entre setembro e outubro; o Mundial Sub-17, agendado para novembro no Catar; a Copa América Feminina de 2025, que terá lugar no Equador; e o Campeonato do Mundo Feminino, que será realizado no Brasil em 2027.

Em 2028, será a vez de mais uma edição da Copa América. A anterior realizou-se em 2024, nos Estados Unidos, tendo sido conquistada pela Argentina.

"A última edição da Copa América foi única. Quebrou todos os recordes. Se conseguimos isso recentemente, o que temos de alcançar em 2028 tem de ser ainda maior", refletiu Alejandro Domínguez.

O dirigente reivindicou ainda o direito de fazer parte da organização do Campeonato do Mundo de 2030.

"Em 2030, o Campeonato do Mundo da FIFA regressará às suas origens: a América do Sul, 100 anos após a primeira edição. O futebol reconheceu o Uruguai e a América do Sul como a casa do primeiro Campeonato do Mundo, onde tudo começou", afirmou.

"E agora estamos a exigir que queremos ser participantes, protagonistas na organização desse Campeonato do Mundo. Porque este não é um Campeonato do Mundo qualquer. Este é o Campeonato do Mundo dos 100 anos", afirmou.