O ministro da Segurança, Luis Cordero, disse que o jogo entre as duas equipas mais populares do Chile tinha sido adiado depois de um relatório da polícia local ter citado condições inseguras para o jogo de domingo.
O atropelamento ocorreu quando os adeptos da casa tentaram entrar no estádio Monumental, em Santiago, antes da partida do Colo Colo pelo Grupo E da Copa Libertadores contra o Fortaleza, do Brasil.
As vítimas, um rapaz de 13 anos e uma mulher de 18, foram esmagados contra uma vedação perto do estádio.
"Uma perda muito triste e irreparável para a família, para os entes queridos e para o clube Colo Colo, após a morte de dois jovens ontem", disse o técnico da Universidad do Chile, Gustavo Alvarez, em comunicado: "A dor é tão profunda que vai além das cores. Falo por mim, pela equipa técnica e pelo plantel da Universidad de Chile. Nossas mais profundas condolências às suas famílias, entes queridos e ao Colo Colo".
Os adeptos do Colo Colo entraram em campo em protesto contra as mortes, com o jogo ainda sem golos na segunda parte. A CONMEBOL, entidade que rege o futebol sul-americano, cancelou a partida mais tarde.
"Sentimos que esta suspensão do Superclássico é um triunfo para as pessoas violentas que não querem que o futebol se realize. Foram eles que pressionaram e ameaçaram para que esta partida não fosse realizada", disse a Universidad de Chile em comunicado.
Uma partida da Supertaça chilena entre Colo Colo e Universidad de Chile em janeiro também foi adiada devido a preocupações com a segurança, mas o clube disse que isso não era mais um problema.
"Realizámos várias campanhas para prevenir a violência e investimos muito para garantir que os nossos jogos são um espetáculo a que os adeptos podem assistir em família. Desde a implementação destas alterações, não registámos quaisquer incidentes ou problemas de segurança", refere o comunicado: "O nosso clube apresentou uma proposta de jogo que foi aprovada, que cumpre todas as condições solicitadas pela autoridade e garante a segurança dos espectadores".