Com o Real Madrid, ganhou tudo: cinco Liga dos Campeões, quatro Mundiais de Clubes, três Supertaças Europeias, seis campeonatos de Espanha, duas Taças do Rei e cinco Supertaças de Espanha.
Vinte e cinco títulos que fizeram dele, em 2022, o futebolista mais condecorado da história do Real Madrid, embora essa honra seja agora partilhada com o francês Karim Benzema desde maio deste ano.
Marcelo, além disso, deu-se ao luxo de, como capitão, levantar a 14.ª Liga dos Campeões em Paris, após a vitória na final por 1-0 sobre o Liverpool, um mérito conquistado no seu último ano no Bernabéu.
A mudança de Diniz
Após a sua saída dos Blancos, em meados de 2022, teve uma passagem dececionante de cinco meses pelo Olympiacos, da Grécia. Contudo, o Fluminense não demorou a entrar no mercado e repatriou-o em fevereiro.
"No melhor momento da minha vida", como disse diante de um Maracanã lotado, ele voltou ao clube onde nasceu, o primeiro amor, depois de 17 anos longe de casa.
Para o técnico Fernando Diniz, a contratação de Marcelo era uma prioridade. Considerado um dos melhores laterais-esquerdos dos últimos anos, ele adaptou-se rapidamente à filosofia do Dinizismo, que consiste num futebol ofensivo e no jogo bonito.
Participou em dois Mundiais com o Brasil (2014, 2018) e vencedor da Taça das Confederações de 2013, Marcelo cumpriu uma promessa aos adeptos tricolores quando garantiu que estava voltando ao 'Flu' para jogar a Libertadores e chegar à final.
Por mais um recorde
Dito e feito. Por incrível que pareça, 2023, quando se aproxima o fim da carreira, é a sua primeira participação no principal torneio de clubes da Conmebol.
E o que torna história mais interessante é que ele disputará o jogo do título contra o Boca Juniors, no Maracanã, no sábado, e, se vencer, torna-se no décimo jogador brasileiro a conquistar as duas competições de clubes mais importantes do planeta: a Liga dos Campeões e a Libertadores.
"O objetivo desde o primeiro jogo era a final. Em nenhum momento foi fácil. Mais uma vez, mostramos que o Fluminense é uma equipa de guerreiros. Isso tudo é culpa do Diniz. É tudo culpa dele", disse Marcelo após a épica vitória por 2-1 sobre o Internacional, em Porto Alegre, no jogo da segunda mão das meias-finais.
Diniz tinha avisado Marcelo de que a equipa do Fluminense que ele ia integrar para lutar pela Libertadores seria uma equipa totalmente diferente da que ele experimentou no Real Madrid e que jogadores como Cristiano Ronaldo e Benzema não seriam encontrados.
"Marcelo é um jogador acima da média do ponto de vista técnico. Extremamente talentoso. Um dos melhores jogadores que vimos nos últimos 15 anos no futebol mundial", reconheceu o treinador: "É sempre um prazer ver o Marcelo jogar. Espero que ele tenha uma vida longa no futebol".