Abaixo, elencamos algumas das principais opções que podem fazer a diferença no duelo entre brasileiros e argentinos, que promete fortes emoções no emblemático estádio carioca.
Fábio
O guarda-redes do Fluminense, no alto da sua experiência, já mostrou, por mais de uma vez, do que é capaz. A sua "boa fase" vem de anos, desde os tempos de Cruzeiro, de onde saiu para deixar uma lacuna que até hoje não foi preenchida.
Fábio costuma aparecer muito bem debaixo dos três postes, tanto com a bola a rolar como também nas grandes penalidades. Em pouco tempo com a camisa tricolor, já mostrou a que veio, correspondendo às chamadas e realizando as defesas improváveis que o consagraram no clube de Belo Horizonte.
Cano
O grande goleador, capaz de decidir um jogo ou, até mesmo, um campeonato, em apenas um toque. O atacante argentino é conhecido pela sua precisão quando a bola chega aos pés. O destaque pelo Fluminense vem desde a sua chegada em 2022 (44 golos em 70 jogos).
Em 2023, o desempenho continua a chamar a atenção. Somente na Libertadores, são 12 golos em 11 jogos. Levando em consideração todas as competições, são 36 golos em 54 partidas.
"Acho que os defesas do Boca terão muito trabalho com ele, que vive uma fase muito boa. Ele está inspiradíssimo", comenta o Luiz Alberto, ex-defesa dos dois finalistas em entrevista ao Flashscore Podcast.
Nada de dribles. Cano é objetivo e certeiro, aproveitando curtos espaços para finalizar e definir. É desta forma que ele marca boa parte dos seus golos, contando com a ajuda dos companheiros para deixá-lo em boas condições de balançar as redes. O seu posicionamento contribuiu bastante para o alto aproveitamento.
Quem mais?
Peças de extrema experiência, como o lateral-esquerdo Marcelo, multicampeão pelo Real Madrid e o defesa Felipe Melo, outro com longa trajetória dentro e fora do Brasil, podem ter um peso importante ao passar a bagagem para os mais novos, ajudando a equipa a controlar a pressão num duelo de tamanha dimensão.
"O Fluminense é privilegiado por ter dois jogadores vencedores, que sabem muito bem o caminho do título. A equipa precisa absorver o que eles falam, seria bom algumas conversas já na semana que antecede a final", cita Luiz Alberto.
Romero
O guarda-redes do Boca Juniors tem se destacado nas decisões de penátis que fizeram o clube argentino chegar à final. Em 12 disputas de grandes penalidades, o argentino levou a melhor em 8, sendo 5 neste ano. Romero possui 100% de aproveitamento em disputas na Libertadores, todas elas em 2023, mostrando como cresce, ainda mais, neste momento de tudo ou nada.
Romero defendeu 12 das 23 cobranças de penálti contra o emblema argentino. Destas, quatro foram no tempo normal e 8 nos penáltis (em 16 remates tentados). Os números são do canal argentino TyC Sports.
O bom historial no ano corrente mostra como ele tem feito bem o trabalho nas horas de decisão, com mais uma delas a aproximar-se. Os bons números podem tornar-se ainda melhores em caso de uma definição da taça nas grandes penalidades.
"Ele tem mostrado importante presença, é um jogador que impõe respeito, principalmente nos penáltis. Tem muita energia e faz uma temporda de grande recuperação na sua carreira", lembra Pablo Lisotto, repórter do jornal argentino La Nación.
Romero encontrou-se no Boca depois de defender equipas da Europa onde não teve a desejada minutagem. Entre as temporadas de 2013/2014 e 2018/2019, foram apenas 21 jogos.
Somente em 2023, já fez 44 jogos na baliza boquense, afirmando-se como titular numa equipa que lhe deu o devido valor. Depois de defender a Argentina nos Mundiais de 2010 e 2014, ficou de fora do Mundial do Catar devido a uma lesão no joelho, que o deixou de fora de boa parte do último ano.
Cavani
O 9 do Boca Juniors tem invejável trajetória e currículo, além da qualidade. Depois de anos na Europa, voltou à América do Sul para ser o avançado de referência num dos clubes mais temidos do continente. Até aqui, no emblema argentino, foram apenas 3 golos em 13 jogos.
Cavani foi a grande aposta do Boca para a equipa chegar longe na Libertadores. "Estamos a falar de um goleador consagrado, uma estrela mundial. Ele e Romero formam a espinha dorsal do Boca", reforça Lisotto.
O atacante uruguaio é daqueles que merece uma atenção permanente, mesmo num jogo onde se mostra apagado por muito tempo. Ele precisa de somente uma bola para definir e resolver a partida, com muita atenção a ser necessária no seu posicionamento e movimentação. Num piscar de olhos, Cavani tem poder suficiente para definir qualquer partida.
Barco
Um médio canhoto de apenas 19 anos, que foi deslocado da lateral-esquerda para a faixa central para aproveitar melhor as características de passe, posse e visão de jogo. A pouca idade não impede a coragem e destreza para comandar o meio-campo de uma potência sul-americana.
"Ele tem clareza e visão de jogo, algo muito chamativo para alguém da sua idade. Parece que conhece todo o campo, tem facilidade para encontrar espaços. Ele foi deslocado para o meio pelo facto de não ser muito forte na marcação".
"Do meio pra frente, costuma ser preciso, tem uma finalização muito boa e cresce nas horas decisivas. Apesar de ser uma promessa, tem tudo para ser um grande jogador. Pela sua maneira de jogar, parece que tem 30 anos. Não se intimida, mostrou isso contra o Palmeiras quando quase fez um golo olímpico", pontua Lisotto.
Quem mais?
O repórter ainda indica outros bons nomes do Boca que têm tudo para dar a sua dose de contribuição na grande decisão. Um deles é Merentiel. "É o melhor atacante da equipa em 2023, ajuda a fazer pressão sobre a defesa", conta o jornalista. Ele também destaca Marcos Rojo e Benedetto como trunfos boquenses para a final.