Recorde as incidências da partida

Os primeiros minutos do confronto entre argentinos e brasileiros foram surpreendentemente abertos. O Racing apostava em lançamentos longos e conseguia criar perigo à defesa rubro-negra. Do lado do Flamengo, havia muito espaço no meio-campo e à entrada da área, onde Luiz Araújo levou perigo em dois remates de fora da área. Pode dizer-se que os comandados de Filipe Luís foram superiores na primeira metade da etapa inicial.
Contudo, após a pressão inicial, o Racing passou a controlar o ritmo e criou a melhor oportunidade do primeiro tempo, num cabeceamento de Tomás Conechny que obrigou Agustín Rossi a uma grande defesa. Os cruzamentos continuaram a surgir, mas sem o mesmo perigo, já que a defesa do Flamengo se manteve sólida, apesar da insistência argentina.
Drama com expulsão
Como era esperado, o Racing regressou do intervalo a controlar a posse de bola e empurrou o Flamengo para o seu meio-campo. No entanto, sem grande qualidade nas combinações ofensivas, a equipa argentina pouco ameaçava e insistia em jogadas pelo ar, facilmente afastadas pela defesa rubro-negra.
O momento de maior tensão para o Flamengo surgiu com a expulsão de Gonzalo Plata, ainda no início da segunda parte. O equatoriano agrediu Marcos Rojo e viu o cartão vermelho direto. Com menos um jogador, a equipa brasileira baixou as linhas, formou uma defesa a cinco e passou a concentrar-se exclusivamente em proteger a sua baliza.
Apesar da inferioridade numérica, o Flamengo não sofreu grande pressão. O Racing, limitado pela diferença técnica, continuou sem criar perigo real. A melhor oportunidade dos argentinos apareceu já nos descontos, quando Luciano Vietto obrigou Agustín Rossi a uma defesa difícil após um remate frontal.
No final, a sólida exibição defensiva do Flamengo foi recompensada com a qualificação para a final. O tricampeão continental vai disputar a sua quinta final da Taça Libertadores, a quarta desde 2019, ano em que conquistou o seu segundo título. A classificação permite ao Rubro-Negro deixar para trás o trauma das duas últimas edições, em que caiu frente a Olimpia (2023) nos oitavos de final e a Peñarol (2024) nos quartos.

O adversário do Flamengo será conhecido, após o jogo da segunda mão entre Palmeiras e LDU. Os equatorianos venceram por 3-0 na primeira partida, em Quito, e estão muito próximos da decisão. A grande final será disputada no dia 29 de novembro, em Lima (Peru), o mesmo palco onde o Flamengo conquistou, em 2019, uma vitória épica sobre o River Plate, com uma reviravolta histórica nos minutos finais.
 
    