Mais

Russo, um ídolo do Millonarios que se despede com tristeza

Russo como treinador do Boca
Russo como treinador do BocaLuciano Bisbal / Getty Images South America / Getty Images via AFP

Foi campeão em 2017 depois de derrotar o Independiente Santa Fe numa final memorável.

Dizia o professor Miguel Ángel Russo que tudo se cura com amor. O treinador deixou essa frase na sua etapa como treinador do Millonarios. Uma frase que o acompanhou e que o aproximou dos adeptos da equipa embaixadora. Na quinta-feira deixou-nos um treinador nobre, amável, que conseguiu o que muitos não alcançaram: unir os adeptos do Millonarios, uma massa exigente (que esteve cinco anos num braço de ferro com Gamero, por exemplo, e que não chegou a respeitar David González) e que queima treinadores.

Russo era uma lenda na Argentina. Treinou o Boca Juniors em 2007, ano em que os xeneizes conquistaram a sua última Taça Libertadores. Nessa altura, o brilho de um Juan Román Riquelme com sede de vingnaça e um plantel consolidado com nomes como Rodrigo Palacio ou Martín Palermo deram ao Boca um título especial.

Com o Boca teve três ciclos: o primeiro (2006-2008), o mais bem-sucedido, em que conquistou a Taça Libertadores. No segundo, o Boca não apresentou um bom desempenho internacional (um sintoma de há vários anos, independentemente do treinador) (2023-2024). Destacou-se nas competições nacionais e venceu a Liga e a Taça da Argentina. Desde o final do ano passado assumiu um novo desafio. Assumiu o comando antes do Mundial de Clubes, outro enorme fracasso institucional para o Boca. O clube vinha a mostrar novas nuances, até que a doença que afetava Russo o impediu de regressar ao banco (2024-atual).

Querido e respeitado na Colômbia

Na Colômbia, Russo teve uma etapa no Millonarios. O treinador argentino esteve mais de uma temporada como treinador dos embaixadores. Conquistou uma Liga contra o Independiente Santa Fe numa das finais mais disputadas dos últimos anos e derrotou o Atlético Nacional na Supertaça.

Além da sua etapa no Millonarios, Russo treinou noutros países da América do Sul. Orientou equipas no Chile, no Peru e, na América do Norte, foi para o México. Em Espanha treinou o Salamanca e consolidou-se como uma figura recente do Boca e do Rosario Central, equipa que salvou da descida em duas ocasiões.