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O Flashscore fez uma análise dos pontos fortes de Atlético-MG e Botafogo nesta grande decisão. Os mineiros querem o bicampeonato e regressam à final depois da inédita conquista em 2013. Já os cariocas sonham em levantar pela primeira vez a taça de campeão da Libertadores. Veja abaixo a análise:
Experiência a favor do Atlético-MG
O Atlético-MG possui jogadores mais experientes, com perfil decisivo e campeões da Libertadores, como os casos de Gustavo Scarpa, Deyverson e Bernard. Mesmo que jamais tenha conquistado a competição continental, Hulk é, sem dúvidas, um dos craques desta final em solo argentino e já venceu todos os títulos possíveis em âmbito nacional desde o seu regresso ao futebol brasileiro. Agora, quer a consagração internacional.

O momento do Glorioso
Enquanto o Atlético-MG chega à decisão acumulando 10 jogos consecutivos sem vitórias, o Botafogo provou o seu valor, especialmente no aspeto mental, num jogo decisivo com o Palmeiras pelo título do Brasileirão. A vitória em pleno Allianz Parque mostrou uma equipa ainda mais preparada para momentos de pressão. O Glorioso soma apenas uma derrota nos últimos 20 jogos em todos os torneios.

As opções de Milito
Milito tem vindo a adotar um esquema de três centrais e dois alas de muita qualidade: Guilherme Arana de um lado e Gustavo Scarpa do outro. Ter essa potência pelos flancos pode criar dificuldades e fazer com que um dos extremos do Botafogo tenha de ajudar mais na marcação para evitar os ataques do Galo. Com a possibilidade de um ataque com Hulk, Paulinho e Deyverson, basicamente o clube mineiro pode atacar com cinco jogadores, povoando o centro de ataque e obrigando o adversário a proteger-se com quatro defesas.

A armadilha do Botafogo
Se o Botafogo conseguir furar a linha defensiva do Atlético-MG, Milito terá problemas. No jogo no Independência, onde o 0-0 se manteve, o técnico argentino optou por uma formação mais direcionada a conter os ataques do conjunto carioca, dando a posse de bola à equipa de Artur Jorge e forçando os cruzamentos. O meio do campo estava completamente congestionado e os extremos do Botafogo encontraram problemas, enquanto o Atlético-MG apostava numa bola longa para tentar ferir o rival.

Funcionou no Independência, com uma equipa desfalcada e com outras prioridades. Mas será que Milito repetirá a mesma ideia? É uma estratégia arriscada porque o Botafogo, ao longo da temporada, mostrou-se capaz de bater adversários mais recuados.
Alguns setores da defesa do Atlético preocupam, como o lado direito onde está o lateral-esquerdo Guilherme Arana. No um para um contra Luiz Henrique, o jogador do Galo pode sair em desvantagem. Além disso, Igor Jesus é um avançado bastante móvel e pode geral espaços dentro da linha defensiva alvinegra.
O fator Deyverson
Deyverson já marcou um golo decisivo para o título da Libertadores e está habituado a brilhar no torneio continental. Acionado por Milito no jogo dos quartos de final contra o Fluminense, entrou para sentenciar o apuramento, ao apontar um bis.
Contra o River Plate, Deyvinho participou nos três golos do imponente resultado de 3-0 sobre os argentinos na Arena MRV, em Belo Horizonte.
No total, já possui quatro golos no torneio e pode ser também uma arma defensiva na tentativa de impedir os passes dos defesas do Botafogo e também limitar a ação de Gregore na tentativa de quebrar linhas.
Um Botafogo letal
O Botafogo não vai fugir das suas características e não negociará o seu estilo de jogo, mesmo disputando uma final. Os comandados de Artur Jorge procuram ter o controlo da posse de bola e um jogo de ataque. Uma vez com a ferida do oponente aberta, o Botafogo é uma espécie de tubarão a sentir o cheiro a sangue. Essa eficácia torna-se um perigo para qualquer adversário, porque uma vez que a porta abre, fica difícil parar o Glorioso.

Uma muralha chamada Everson
O guarda-redes Everson tem vindo a afirmar-se como um dos destaques do Atlético-MG esta temporada. Tê-lo em alto nível é um trunfo do clube mineiro numa final que pode ser decidida nos detalhes. Mesmo que o Galo não tenha conseguido conquistar a Taça do Brasil diante do Flamengo, Everson foi realmente o fator que evitou uma goleada por parte da equipa carioca. No 0-0 contra o Botafogo, também fez boas intervenções. Ou seja, a parte dele está a ser feita.

Seleção brasileira
O Botafogo pode não ter os jogadores campeões e experientes que o Atlético possui, mas a fase da equipa é excecional e reflete nas convocatórias de várias peças do plantel para as suas respetivas seleções. O argentino Thiago Almada foi campeão mundial em 2022, no Catar. Savarino é um dos destaques da Venezuela e pode aplicar a temida lei do ex, já que defendeu as cores do Galo anteriormente. O ataque do Botafogo, com Luiz Henrique e Igor Jesus, integra também a seleção brasileira de Dorival Júnior. As conquistas individuais só reforçam a força do coletivo botafoguense.

O histórico
No confronto direto entre as equipas, o Botafogo leva vantagem sobre o Atlético Mineiro. Em 115 jogos, o Fogão registou 52 vitórias, contra 36 do Galo. Houve ainda 27 empates.
Em competições internacionais, o Botafogo eliminou o clube mineiro na meia-final da Taça Conmebol de 1993. Na primeira mão, o Glorioso foi derrotado por 3-1, mas conseguiu a reviravolta na segunda partida, quando venceu por 3-0. A equipa da Estrela Solitária foi campeã daquela competição.