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Atlético-MG e Botafogo enfrentam-se no próximo sábado, no estádio Monumental de Núnez, em Buenos Aires, contando com treinadores estrangeiros que assumiram o comando em 2024 e não demoraram a trazer resultados. Ter chegado à final da Libertadores mostra a capacidade dos dois treinadores, que ganharam muitos pontos com adeptos e direção, certos de que a escolha foi assertiva e com a esperança de frutos ainda mais saborosos em 2025.
O argentino Gabriel Milito, do Galo, desembarcou em Belo Horizonte na véspera da decisão do Campeonato Mineiro. A sua apresentação aconteceu no dia 27 de março, uma quarta-feira, com o primeiro jogo da final do Estadual a três dias. Milito superou o mínimo tempo de preparação e quase nenhum conhecimento do plantel para vencer o rival e começar a sua caminhada no Alvinegro com um título.
"Vamos compensar a falta de tempo com paixão", revelou na sua apresentação. Entre os dois jogos da final, ainda teve pela frente a estreia na Libertadores, mal sabendo que levaria o Galo até à final.
O bom desempenho do Atlético nas competições a eliminar fez o clube chegar à final da Libertadores e Taça do Brasil, caindo na competição nacional, recentemente, para o Flamengo. No Brasileirão, a equipa não correspondeu, dando prioridade a uma taça para tentar acabar o ano com um título além do estadual.

Chamou atenção no Atlético o facto de Milito ter conseguido implementar, em pouco tempo, o seu estilo e filosofia de jogo, que fizeram o clube fazer grandes jogos com poucas semanas de chegada do argentino. "Gosto de dominar as partidas tendo a bola. Devemos automatizar e sincronizar certos movimentos. Gosto de jogar com três defsas mas, que na hora de atacar, subam. Há muita surpresa quando isso acontece".
"O sistema tático é importante mas o mais importante é o estilo, a ideia de jogo. De protagonizar, de jogar com o coração na mão. Estou disposto a perdoar o erro, não estou disposto que não joguem a 100%", declarou.
Com Milito, o Galo fez grandes jogos em momentos de decisão, com destaque para a vitória por 3-0 sobre o River Plate, na meia-final da Libertadores. O clube, em horas de maior pressão, soube corresponder para mostrar a cara de um treinador que tem totais méritos na grande campanha de 2024.
Mais um português de sucesso no Glorioso
Já Artur Jorge chegou em 6 de abril para substituir Tiago Nunes. O sucesso com o SC Braga chamou atenção do emblema carioca, que não teve vida fácil para fechar acordo com o clube português, depois de o técnico ter devolvido o emblema minhoto à Liga dos Campeões.
No Brasil, Artur Jorge conseguiu, em pouco tempo, dar a sua cara ao Botafogo, tendo o alto investimento como fundamental suporte para ter peças prontas para fazer a diferença.
Trio infernal
Luiz Henrique, Savarino e Thiago Almada tornaram-se peças fundamentais numa equipe de estilo vertical e bastante objetivo, que contou também com uma defesa sólida para chegar longe na Libertadores, eliminando o favorito Palmeiras e tornando-se um líder mais do que frequente do Brasileirão. Não demorou para Artur Jorge colocar em prática a promessa de ter uma equipa corajosa e dominante feitas na sua apresentação.
Foram raros os jogos do Botafogo sob o comando do português em que tal domínio não se confirmou, com as jogadas pelos flancos a serem armas letais e praticamente impossível de serem marcadas. Outras peças também se tornaram cruciais no esquema do Alvinegro, como Igor Jesus - com direito à estreia na seleção do Brasil-, além de Júnior Santos e Marlon Freitas.
A campanha da temporada 2024 enche os adeptos de esperança para que o o cenário do ano anterior, quando abriu 13 pontos no Brasileirão, antes de perder o título, não se repita.