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Taça Libertadores: Atlético-MG e Botafogo com sucesso a curto prazo de treinadores estrangeiros

Milito e Artur Jorge vão ser os treinadores da final da Libertadores
Milito e Artur Jorge vão ser os treinadores da final da LibertadoresPedro Souza e Vítor Silva
A receita do sucesso de alguns clubes que conseguiram chegar longe passa por trabalhos de longo prazo dos seus treinadores. Este segredo, no entanto, não entrou em ação com os finalistas da Libertadores.

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Atlético-MG e Botafogo enfrentam-se no próximo sábado, no estádio Monumental de Núnez, em Buenos Aires, contando com treinadores estrangeiros que assumiram o comando em 2024 e não demoraram a trazer resultados. Ter chegado à final da Libertadores mostra a capacidade dos dois treinadores, que ganharam muitos pontos com adeptos e direção, certos de que a escolha foi assertiva e com a esperança de frutos ainda mais saborosos em 2025. 

O argentino Gabriel Milito, do Galo, desembarcou em Belo Horizonte na véspera da decisão do Campeonato Mineiro. A sua apresentação aconteceu no dia 27 de março, uma quarta-feira, com o primeiro jogo da final do Estadual a três dias. Milito superou o mínimo tempo de preparação e quase nenhum conhecimento do plantel para vencer o rival e começar a sua caminhada no Alvinegro com um título. 

"Vamos compensar a falta de tempo com paixão", revelou na sua apresentação. Entre os dois jogos da final, ainda teve pela frente a estreia na Libertadores, mal sabendo que levaria o Galo até à final.

O bom desempenho do Atlético nas competições a eliminar fez o clube chegar à final da Libertadores e Taça do Brasil, caindo na competição nacional, recentemente, para o Flamengo. No Brasileirão, a equipa não correspondeu, dando prioridade a uma taça para tentar acabar o ano com um título além do estadual. 

A forma do Atlético
A forma do AtléticoFlashscore

Chamou atenção no Atlético o facto de Milito ter conseguido implementar, em pouco tempo, o seu estilo e filosofia de jogo, que fizeram o clube fazer grandes jogos com poucas semanas de chegada do argentino. "Gosto de dominar as partidas tendo a bola. Devemos automatizar e sincronizar certos movimentos. Gosto de jogar com três defsas mas, que na hora de atacar, subam. Há muita surpresa quando isso acontece". 

"O sistema tático é importante mas o mais importante é o estilo, a ideia de jogo. De protagonizar, de jogar com o coração na mão. Estou disposto a perdoar o erro, não estou disposto que não joguem a 100%", declarou.

Com Milito, o Galo fez grandes jogos em momentos de decisão, com destaque para a vitória por 3-0 sobre o River Plate, na meia-final da Libertadores. O clube, em horas de maior pressão, soube corresponder para mostrar a cara de um treinador que tem totais méritos na grande campanha de 2024. 

Mais um português de sucesso no Glorioso

Já Artur Jorge chegou em 6 de abril para substituir Tiago Nunes. O sucesso com o SC Braga chamou atenção do emblema carioca, que não teve vida fácil para fechar acordo com o clube português, depois de o técnico ter devolvido o emblema minhoto à Liga dos Campeões.

No Brasil, Artur Jorge conseguiu, em pouco tempo, dar a sua cara ao Botafogo, tendo o alto investimento como fundamental suporte para ter peças prontas para fazer a diferença.

Trio infernal

Luiz Henrique, Savarino e Thiago Almada tornaram-se peças fundamentais numa equipe de estilo vertical e bastante objetivo, que contou também com uma defesa sólida para chegar longe na Libertadores, eliminando o favorito Palmeiras e tornando-se um líder mais do que frequente do Brasileirão. Não demorou para Artur Jorge colocar em prática a promessa de ter uma equipa corajosa e dominante feitas na sua apresentação. 

Foram raros os jogos do Botafogo sob o comando do português em que tal domínio não se confirmou, com as jogadas pelos flancos a serem armas letais e praticamente impossível de serem marcadas. Outras peças também se tornaram cruciais no esquema do Alvinegro, como Igor Jesus - com direito à estreia na seleção do Brasil-, além de Júnior Santos e Marlon Freitas

A campanha da temporada 2024 enche os adeptos de esperança para que o o cenário do ano anterior, quando abriu 13 pontos no Brasileirão, antes de perder o título, não se repita.