Acompanhe as incidências da partida
O Botafogo procura o título inédito no próximo sábado, contra o Atlético-MG, no Monumental de Núñez. O conjunto de Artur Jorge disputou 16 jogos para chegar à final da Libertadores, com 7 vitórias, 6 empates e 3 derrotas. Foram 28 golos marcados e 16 sofridos. O melhor marcador é Júnior Santos, com 9 golos — também lidera a lista geral de goleadores do torneio.
Para aquecer o clima antes da decisão, o Flashscore relembra os principais detalhes da campanha do Botafogo na Libertadores.
Pré-elimiatórias: troca de técnico e Júnior Santos iluminado
• Botafogo 2-1 Red Bull Bragantino
• Red Bull Bragantino 1-1 Botafogo
A derrocada na reta final do Brasileirão 2023 obrigou o Botafogo a disputar as pré-aliminatórias da Libertadores 2024. Com tudo o que já aconteceu este ano, fica difícil recordar que a equipa carioca estreou-se no torneio sob o comando de Tiago Nunes, em 20 de fevereiro. O adversário era o modesto Aurora, na Bolívia, pela segunda fase.

O técnico foi demitido após o Botafogo ceder o empate no fim do jogo. Coube ao auxiliar Fábio Matias a missão de levar a equipa até a fase de grupos. Para isso, contou com um desempenho espetacular de Júnior Santos, que marcou oito dos 10 golos alvinegros nos quatro jogos das pré-eliminatórias.

Júnior brilhou especialmente no massacre por 6-0 sobre o Aurora, com quatro golos, e na vitória sobre o Red Bull Bragantino, ambas em casa. Os dois golaços contra o Massa Bruta encaminharam a vaga na fase de grupos e tornaram Júnior Santos o melhor marcador da história do Botafogo na Libertadores.
Fase de grupos: susto e reação
• Botafogo 1-3 Junior Barranquilla
• Junior Barranquilla 0-0 Botafogo
Começar o Grupo D com duas derrotas foi um banho de água gelada nas pretensões alvinegras. A 2.ª jornada, contra a LDU na altitude, marcou a estreia do técnico Artur Jorge. O português arrumou a casa, o Botafogo somou três vitórias seguidas e avançou para os oitavos de final como 2.º classificado, com 10 pontos.
No jogo-chave para a classificação, voltou a brilhar a estrela de Júnior Santos. Diante da LDU, no Nilton Santos, o avançado fez o golo que garantiu a vitória por 2-1 e tirou o Botafogo do sufoco.
Grande estrela da equipo em 2024, Luiz Henrique começou a engrenar na fase de grupos. Após chegar como reforço mais caro da história do futebol brasileiro e oscilar no começo, o atacante deu mostras do seu talento nas vitórias em casa sobre Universitario e LDU. Mas o melhor estava por vir.

Oitavos de final: vingança com desfecho dramático
O sorteio da fase a eliminar não foi meigo para o Botafogo. Logo nos oitavos veio o Palmeiras, algoz no Brasileirão, entalado na garganta após a traumática derrota por 4-3 no Nilton Santos. Como trunfo, o Alvinegro tinha os reforços do segundo semestre, com destaque para Thiago Almada e Igor Jesus.
O trauma ficou para trás, mas não sem uma dose absurda e inesperada de sofrimento. Após vencer a primeira mão por 2-1, em casa, o Bota abriu 2-0 no Allianz Parque e tinha a vantagem até ao final do segundo tempo.
O Palmeiras buscou o empate em cinco minutos e teve um golo anulado nos descontos, de Gustavo Gómez. O filme de 2023 passou na cabeça e deixou alguns alvinegros entre a vida e a morte. Ainda assim, serviu para espantar o fantasma de vez e confirmar a candidatura do Botafogo ao título.

Quartos de final: classificação épica nos penáltis
• São Paulo 1 (4) - (5) 1 Botafogo
O sorteio colocou mais um brasileiro no caminho do Botafogo nos quartos, o São Paulo, e novamente com a decisão marcada para fora de casa. Apesar da enorme superioridade naprimeira mão, no Nilton Santos, o Glorioso perdeu várias chances e ficou no nulo.

A noite de 25 de setembro no Morumbis foi uma das mais dramáticas — e especiais — para o adepto alvinegro em 2024. Depois de Thiago Almada abriu o marcador e o Bota controlou o primeiro tempo, Lucas Moura perdeu um penálti para o São Paulo antes do intervalo.
O Tricolor pressionou na etapa final e empatou perto do fim, com Calleri, levando a decisão para os penáltis. John teve seu momento de herói, defendeu a cobrança de Rodrigo Nestor e colocou o Botafogo nas meias da Libertadores pela primeira vez em mais de 50 anos.

Meia-final: goleada histórica e vaga inédita
Os jogadores mantinham os pés no chão, mas todos sabiam que o Botafogo era muito superior ao Peñarol. A turma de Artur Jorge confirmou o favoritismo dentro de campo e deu uma aula de futebol no Nilton Santos: 5-0, fora o baile. Foi a segunda maior goleada num jogo das meias na história da Libertadores.
Como todo botafoguense é cauteloso por natureza, poucos queriam dar a situação como resolvida. E a volta no Centenario de Montevidéu até teve certa dose de tensão, com derrota por 3-1 e expulsões, mas passou longe de ameaçar a vaga inédita do Botafogo na final da Libertadores.
