O "Fogão" chega motivado depois de conseguir uma dobradinha histórica em uma semana: a primeira vitória na Libertadores contra o Atlético Mineiro, no dia 30 de novembro, e o terceiro título do Campeonato Brasileiro, o primeiro em quase 30 anos, no domingo.
Mas o frenesi do epílogo da temporada - foram seis jogos em 18 dias - pode funcionar contra o time do Rio de Janeiro, terra de lendas do futebol como Garrincha e Jairzinho.
"Não temos limites (...) Por isso vamos entrar em campo prontos para dar o nosso melhor. Sabemos que é difícil, são muitos jogos, um atrás do outro", disse Luiz Henrique, uma das jóias do ataque da "Estrela Solitária".
Apesar do agitado calendário brasileiro, os cariocas esperam chegar longe em sua primeira participação na Taça Intercontinental, que substituirá o Mundial de Clubes, que foi ampliado e passará a ser disputado a cada quatro anos com 32 equipes participantes. Botafogo e Pachuca também vão participar no Mundial, cuja primeira edição será realizada nos Estados Unidos em meados de 2025.
A equipa de Artur Jorge contará com o seu temível ataque para derrotar um adversário mais experiente, cujo ressurgimento esta época foi acompanhado por mudanças cosméticas no antigo Mundialito.
O confronto entre brasileiros e mexicanos no Estádio 974, uma das sedes do Catar-2022, é oficialmente chamado de Dérbi das Américas e conta para os quartos de final.
O vencedor vai defrontar as meias-finais contra o Al-Ahly do Egito, no sábado. Segue-se a final com o Real Madrid na próxima quarta-feira, no luxuoso Estádio Lusail, palco da final da prova de 2022.
"Vamos competir com muita alegria e aproveitar o momento, que é para poucos", disse o capitão botafoguense, o médio Marlon Freitas.
Os "Tuzos" em mau momento
Campeão da Concachampions ao vencer o Columbus Crew dos Estados Unidos por 3-0 na final em junho, o Pachuca participará pela quinta vez do antigo Mundial de clubes após perder nos quartos de final em 2007 e 2010 e nas meias-finais em 2008 e 2017.
Os "Tuzos" vão tentar limpar a sua imagem depois de fecharem o Torneio Apertura mexicano no penúltimo lugar, com apenas três vitórias em 17 jogos.
Sem jogos há um mês, a equipa treinada pelo uruguaio Guillermo Almada mistura jovens promissores como o médio mexicano Elías Montiel com homens experientes como o atacante venezuelano Salomón Rondón.
"Estamos a refrescar alguns conceitos que, devido à competição e ao número de jogos, não tivemos tempo (de praticar). Estamos a recuperar a nossa intensidade e ritmo, que são coisas que nos caracterizam", disse Almada à FIFA.