Racing 3-1 Cruzeiro

Os primeiros minutos de jogo foram de pesadelo para o adepto cruzeirense. Diante de um Racing muito agressivo na marcação alta, o Cruzeiro não conseguia ter uma saída de bola com qualidade e, ao mesmo tempo, sofria muito com as bolas nas costas da defesa. O combo altamente destrutivo gerou o golo para os argentinos antes dos 5 minutos, mas foi anulado por fora de jogo.
O golo anulado deu a oportunidade para o Cruzeiro se reajustar, mas isso não aconteceu. O Racing continuou dono da partida e acabou por abrir o marcador numa tentativa de cruzamento. Gastón Martirena lançou a bola para a área e ela foi na direção da baliza. Cássio enrolou-se e acabou por ver a bola entrar na baliza.
Muito superior, o Racing recuperava a posse com facilidade e superava a defesa brasileira com ainda mais naturalidade. Foi em descida rápida que saiu o segundo da Academia, ainda antes dos 20 minutos. Maximiliano Salas recebeu pela extrema esquerda e cruzou rasteiro para a área. Adrián Martínez ganhou da defesa e tocou para a baliza praticamente vazia.
O Cruzeiro só conseguiu colocar a bola no chão e trabalhar quando já estava 2-0. O clube mineiro ainda conseguiu criar antes do intervalo, mas chutou por cima com Kaio Jorge e parou no guarda-redes com Lucas Villalba.
O segundo tempo trouxe finalmente o meio-campo do Cruzeiro para o jogo e as coisas melhoraram para o conjunto brasileiro. Em bela jogada construída por Matheus Henrique e Matheus Pereira, o gol saiu. O primeiro encontrou Kaio Jorge em cruzamento e ele finalizou duas vezes para diminuir o marcador. No lance seguinte, o camisola 10 da Raposa arriscou de fora da área e quase deixou tudo igual.
Depois de uma pressão inicial forte dos mineiros, o Racing foi tentando acalmar a partida e, de certo modo, conseguiu. Não houve mais uma finalização de grande perigo do Cruzeiro e só restou ao conjunto de Fernando Diniz o abafa final. Com o conjnto todo no campo de ataque, a Raposa sofreu o terceiro no lance final com Roger Martínez.

Depois de 15 anos sem chegar a uma final continental, o Cruzeiro não conseguiu o esperado título internacional e segue um jejum que dura desde 1998. A equipa mineira também perdeu a oportunidade de conquistar a Sul-americana que falta para o clube. O Cabuloso é o oitavo clube brasileiro a perder uma final da Sul-Americana.
Sem vaga garantida na Libertadores, o Cruzeiro foca agora em alcançar um dos sete primeiros lugares nas jornadas finais do Brasileirão. A equipa de Fernando Diniz ocupa o sétimo posto, seguida de perto pelo Bahia, atrás por um ponto. Na próxima jornada, na quarta-feira, os mineiros recebem o Grémio em Belo Horizonte.
O Racing encerrou uma seca de títulos internacionais que já durava há 36 anos e completou o ciclo de reconstrução após a falência no final do último século. A equipa de Avellaneda também entrou para o clube selecto de emblemas que já venceram a Libertadores e a Sul-Americana - são 8 que possuem as duas maiores provas continentais sul-americanas. Além da taça, a Academia está na fase de grupos da Libertadores em 2025.