Independiente 0-0 Huracán (5-6 após penáltis)
Numa partida intensa, com um ritmo constante, a equipe da casa tentou dominar, mas esbarrou no El Globo, que lutou em todas as áreas e criou várias situações de contra-ataque. O guarda-redes da seleção equatoriana Hernán Galindez defendeu bem o último penálti da série cobrado por Santiago Hidalgo e foi o herói.
O Huracán vai em busca da primeira vitória desde a conquista da Supertaça Argentina de 2015 e do primeiro título da liga em 52 anos, desde a conquista do Metropolitano de 1973, enquanto o Independiente continua com o jejum de títulos nacionais, não sendo campeão desde o Apertura 2002, há 23 temporadas.
Durante o primeiro tempo, El Rojo teve mais a bola, mas lutou para criar chances contra um adversário bem treinado, tanto que a primeira oportunidade clara veio aos 40 minutos, uma combinação entre Tarzia e o colombiano Angulo que terminou com uma defesa de Galíndez.
O jogo ficou mais aberto no segundo tempo e logo surgiram oportunidades para as duas equipes, primeiro para os visitantes com um remate de Miljevic que o guarda-redes Rey desviou para fora, depois para os donos da casa com um cabeceamento de Valdez que obrigou Galíndez a fazer uma sólida defesa.
O Independiente voltou a procurar não ter ritmo para quebrar um Huracán muito concentrado, que não dava espaços, mas que também estava atento para sair rápido no contra-ataque e causar ansiedade na defesa da casa.
O Globo quase marcou com um cabeceamento à queima-roupa de Pereyra que Rey milagrosamente bloqueou com um toque de mão, mas o Independiente respondeu com um cruzamento de pé direito de Loyola que raspou o poste direito quando o guarda-redes estava fora de alcance.
O desempate por penáltis foi emocionante desde o início, quando o paraguaio Gabriel Avalos acertou no travessão para dar ao Huracán uma vantagem inicial, e o conjunyo teve uma grande oportunidade de selar a vitória na quinta cobrança, mas Rey manteve o Independiente na disputa ao defender o remate de Leonardo Gil.
Na série de um contra um, Mazzanti acertou o sétimo chute para o Huracán, e Galindez, que já tinha parecido sólido durante toda a noite, bloqueou o remate do jovem Hidalgo para deixar o Huracán prestes a conquistar o sexto título da liga, o primeiro em mais de meio século.
"Tenho colegas de equipa aguerridos, que correram o jogo todo e bateram muito bem os penáltis. É preciso tirar o chapéu a estes miúdos, é um orgulho a forma como vivem e como trabalhamos. Graças ao grupo que temos, agora temos a chance de chegar à final", disse Galindez.
O Huracán chegou à final do Apertura como quarto classificado do Grupo A durante a temporada regular e, no caminho para a final, venceu o Riestra (3-2) e o Rosario Central (1-0) antes de derrotar o Independiente.
A segunda meia-final será disputada no domingo, com San Lorenzo e Platense como protagonistas. A final do Apertura será disputada no dia 1 de junho no estádio Madre de Ciudades, em Santiago del Estero.