Recorde as incidências da partida
A Academia triunfou num jogo de grande intensidade, um verdadeiro duelo em que o semifinalista da Libertadores soube impor o seu ritmo, apesar de a equipa da faixa vermelha ter lutado até ao fim pela qualificação.
Santiago Solari colocou cedo a equipa da casa em vantagem com um cabeceamento potente que bateu Franco Armani, após cruzamento de Gabriel Rojas.
Num confronto aberto, a Academia mostrou-se mais perigosa na primeira parte, com uma excelente exibição de Solari a liderar os ataques, mas o Millonario também tentou responder, primeiro com um remate forte de Sebastián Driussi e depois num ressalto aproveitado por Nacho Fernández.
O duelo ganhou ainda mais intensidade na segunda parte e o River virou o resultado com golos de dois recém-entrados, o jovem Ian Subiabre (62') e o colombiano Juan Fernando Quintero (64'), que defrontava o seu antigo clube, em apenas alguns minutos.
"Somos candidatos"
Mas a equipa orientada por Gustavo Costas, habituada a jogos quentes, resistiu bem ao duplo golpe e chegou ao empate pouco depois, com um remate de Adrián Fernández que Lucas Martínez desviou para a própria baliza.
Quando tudo indicava que a decisão seria no prolongamento ou nos penáltis, o Racing lançou-se ao ataque com tudo mais uma vez, e embora Armani tenha defendido dois remates ao ângulo, não conseguiu travar o último ressalto, que o uruguaio Gastón Martirena enviou para o fundo das redes, provocando a loucura em Avellaneda (90+3').
Nos quartos de final, os anfitriões aguardam o vencedor do duelo entre Lanús e Tigre, após o regresso do Granate do Paraguai, onde conquistou no sábado passado a Taça Sul-Americana.
"Queria estar presente a todo o custo, agradeço ao Gustavo (Costas, o treinador), que confiou em mim", contou Santiago Sosa, que jogou com uma máscara facial apenas um mês depois de ter sofrido uma fratura no maxilar.
"Somos candidatos, sim. Quando nos qualificámos para os oitavos, traçámos o objetivo de chegar à final e vamos dar tudo pelo Racing", sublinhou o próprio Sosa.
River com uma época em branco
Por outro lado, o River Plate despediu-se de um ano sem conquistas, em que nunca convenceu pelo futebol apresentado nem esteve perto de alcançar os seus objetivos, ao ponto de já não poder garantir o acesso direto à Libertadores 2026.
O Millonario já não depende de si próprio e terá de esperar que Argentinos Juniors, Boca Juniors ou Lanús conquistem o Clausura para libertar uma vaga na Tabela Anual que lhe permita disputar o play-off de acesso à fase de grupos.
Os comandados de Marcelo Gallardo entraram em queda livre na segunda metade da época e não conseguiram inverter o rumo em nenhuma competição.
"Foi um ano totalmente negativo (...) É um ano mau na minha carreira como treinador, mas também tive muitos bons", afirmou Gallardo na conferência de imprensa após a eliminação.
"Assumo a responsabilidade por este momento, por este ano, mas também vou aproveitar estes dias para mudar porque isto não vai terminar assim", antecipou.
Em plena crise, no início deste mês, o novo presidente do clube, Stefano Di Carlo, renovou o contrato de El Muñeco até dezembro de 2026.
"Não vou fugir deste momento. Se alguém está à espera que eu saia agora, está completamente enganado. Vou dar a cara, como tem de ser. Como conquistei esse direito", concluiu Marcelo.
Barracas também nos quartos
No primeiro jogo de segunda-feira, o Barracas Central conseguiu vencer fora o Deportivo Riestra por 0-1, com o golo de Nicolás Blandi já no prolongamento (115'), depois de a equipa vencedora ter ficado reduzida a dez jogadores devido à expulsão do avançado Iván Guaraz (83'), por ter dado uma cotovelada a um adversário.
Nos quartos de final, o Barracas Central, presidido por Matías Tapia, filho de Claudio Tapia, presidente da AFA, vai defrontar o Gimnasia y Esgrima de La Plata, que venceu por 1-2 o Unión de Santa Fé.
Os outros duelos dos quartos de final já confirmados serão Boca frente ao Argentinos e Estudiantes contra o Central Córdoba de Santiago del Estero.