Marcos Rojo tomou uma decisão fundamental na sua carreira: aceitou rescindir o seu contrato com o Boca Juniors para ficar com o passe em seu poder e fechar a sua chegada a outro clube do futebol argentino. O defesa, que inicialmente havia rejeitado a proposta do Boca de receber até ao último dia de trabalho, finalmente chegou a acordo com a direção e acertou a sua desvinculação, que será assinada nas próximas horas.
Com a liberdade de escolher o seu futuro, não demorou a receber propostas. E o clube que mais se movimentou foi o Racing, em que Gustavo Costas já avisou que o quer no seu plantel para reforçar a defesa na reta final do ano. O vínculo será por produtividade, com objetivos que condicionarão o seu salário e permanência.
A insólita condição de Gustavo Costas
Segundo revelou Esteban Edul na ESPN Equipo F, o técnico do Racing impôs uma exigência pouco habitual: se o ex-United chegar, a sua camisola não poderá ter o apelido "Rojo" nas costas, pela evidente referência ao clássico rival, Independiente.
Em vez disso, a camisola número 6 - atualmente livre - terá o nome "Marcos". Essa decisão gerou surpresa e até risos no ambiente, e seria a primeira vez que um jogador da Academia não tem o seu apelido na camisola por pedido do treinador.
Racing contra o relógio
O clube de Avellaneda tem até as 18:00 locais para inscrever Rojo na lista para a Libertadores 2025, em que procura ser protagonista. A direção do clube move-se rápido para concluir os exames médicos, a assinatura do contrato e a apresentação oficial.
Uma despedida que marca uma mudança de era no Boca
Rojo, de 35 anos, deixa o Boca após 118 partidas e nove golos desde a sua chegada em 2021. Foi um dos capitães e líderes do balneário, mas a sua saída insere-se na revolução que Miguel Ángel Russo promove: já saíram Esteban Rolón, Cristian Lema e Marcelo Saracchi, e mais baixas são esperadas em dezembro.
Com a saída do defesa, Leandro Paredes assume o papel de capitão, secundado por Edinson Cavani, Miguel Merentiel, Agustín Marchesín e Luis Advíncula.
Do Boca ao Racing, sem escalas
A transferência de Rojo para o Racing não só reforça um concorrente direto no cenário local e internacional, como também adiciona um tempero especial ao clássico de Avellaneda: um símbolo do Boca a defender a camisola académica, e com um apelido que, pelo menos na camisola, ficará oculto.