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Um triturador de treinadores: Os técnicos do Boca Juniors sob o comando de Riquelme

Juan Román Riquelme, presidente do Boca Juniors
Juan Román Riquelme, presidente do Boca JuniorsALEJANDRO PAGNI / AFP
Os últimos cinco treinadores do Boca Juniors sob o comando do ex-futebolista e atual presidente Juan Román Riquelme ao leme do clube argentino duraram menos de um ano, um registo negativo que se prolongou na terça-feira com a saída de Fernando Gago.

Riquelme, ídolo da equipa enquanto jogador, chegou em dezembro de 2019 como vice-presidente para acompanhar a gestão de Jorge Amor Ameal, cargo em que influenciou as decisões desportivas. No final de 2023, ascendeu à presidência após vencer uma eleição de sócios.

Dos seis treinadores eleitos sob a sua autoridade, cinco abandonaram o cargo antes de completarem 12 meses. O último deles foi Gago, que deixa o comando do clube após a derrota por 2-1 com o River Plate no Superclássico do Torneio Apertura no fim de semana.

Veja como se saíram:

1-Miguel Russo

Chegou em janeiro de 2020 e orientou o clube durante 19 meses, com um total de dois títulos, a Supertaça de 2020 e a Taça Diego Maradona de 2020, até que a eliminação da Libertadores de 2021, em agosto desse ano, frente ao Atlético Mineiro, marcou a sua saída. Foi o que mais tempo durou nos últimos cinco anos.

2-Sebastián Battaglia

Substituiu imediatamente Russo como interino, mas acabou por ficar durante 10 meses, até julho de 2022. Ganhou uma Taça da Argentina (2021) e a Taça da Liga Profissional de 2022, mas um penálti nos oitavos de final da Taça Libertadores contra o Corinthians precipitou a sua demissão durante uma reunião numa bomba de gasolina.

3-Hugo Ibarra

Também entrou como interino e ficou oito meses e meio, entre julho de 2022 e março de 2023, período durante o qual levou o Boca à Liga Profissional de 2022 e à Supertaça Argentina de 2023, o último sucesso dos Xeneize até à data.

4-Jorge Almirón

Assinou contrato em abril de 2023 e saiu em novembro do mesmo ano, após apenas sete meses no comando, depois de uma fraca campanha interna e de uma derrota na final da Taça Libertadores da América com o Fluminense no Maracanã. Foi o fim do seu mandato, com a demissão quase imediata.

5-Diego Martinez

Chegou no início de 2024, mas durou apenas oito meses. Com uma equipa em má forma e sem reforços de alto nível, perdeu nos oitavos de final da Taça Sul-Americana, além de perder com o River, e uma derrota para o Belgrano provocou a sua demissão no final de setembro.

6-Fernando Gago

Um ciclo que durou apenas seis meses, em que Gago deixou o Boca na liderança do Apertura, mas com várias derrotas traumáticas, a eliminação frente ao Vélez (3-4) na Taça da Argentina, a derrota frente ao River no Monumental e uma eliminação histórica na segunda eliminatória da Taça Libertadores frente ao Alianza Lima, do Peru.