Mundial feminino de futsal: Jogadoras lusas desfrutaram do Mundial e sonham obter "um título"

Jogadoras portuguesas na chegada a Lisboa
Jogadoras portuguesas na chegada a LisboaFPF

As jogadoras Ana Azevedo e Ana Catarina assumiram esta segunda-feira terem “desfrutado” da histórica presença da seleção portuguesa feminina de futsal no Mundial e declararam o sonho de “trazer o título” nos campeonatos europeu e mundial que se seguirão.

Momentos após terem regressado a Lisboa, provenientes de Manila, nas Filipinas, onde alcançaram o estatuto de vice-campeãs no primeiro Mundial feminino de futsal organizado pela FIFA, as duas jogadoras mostraram um sentimento de dever cumprido.

Fomos sempre desfrutando ao máximo do que estávamos a viver, foram muitos dias fora de casa, sempre difícil estar longe das nossas famílias, mas umas ao lado das outras conseguimos fazer com que tudo fosse melhor”, afirmou Ana Azevedo.

A capitã de Portugal considera que a equipa fez o que estava ao seu alcance para contrariar o Brasil no jogo decisivo, lamentando apenas não ter conseguido “empatar o jogo”, o que poderia permitir um desfecho diferente no resultado.

Acho que não ficámos muito aquém do plano do jogo. Acima de tudo, o Brasil marcou primeiro e se tivéssemos conseguido marcar e empatar o jogo as coisas poderiam ter sido diferentes. Não o fizemos, o Brasil acabou por fazer o 2-0 e não conseguindo finalizar, o jogo na parte final é sempre mais complicado”, analisou a jogadora, de 39 anos.

Ana Azevedo explicou ainda os “condicionalismos” a que se tinha referido logo após a final, atribuindo-os à arbitragem, embora salientando que “não foi por isso” que a equipa das quinas saiu derrotada na final do Mundial.

Condicionalismos? Refiro-me a algumas coisas da arbitragem, mas não foi por isso que o Brasil ganhou. Acho que fomos condicionadas em alguns momentos do jogo, mas acho que o Brasil também conseguiu evitar isso a partir do momento que um árbitro não marca uma mão na cara claro que a equipa adversária acaba por continuar a fazê-lo, mas não foi por isso que perdemos”, reconheceu.

Instantes depois, Ana Catarina deixou expressa a ambição que a move depois de ter sagrado vice-campeã mundial de futsal.

Espero que daqui a quatro anos, ou no próximo Europeu, possa trazer finalmente um título para o futsal feminino português”, colocou, sem receio.

A atleta de 33 anos foi distinguida como a melhor guarda-redes do Mundial e confessou o seu orgulho pela conquista, embora admitindo que abdicaria da mesma pelo título mundial.

"Trocava isso (Luvas de Ouro) obviamente, pela conquista do campeonato do mundo, mas isto significa que consegui ajudar a seleção e contribuí com bons momentos para que estivéssemos tão perto de conseguir vencer o Brasil na final. Obviamente que trocava pelo título, mas se pudessem ser os dois em conjunto, eu agradecia”, disse a guardiã.

Ana Catarina mostra-se feliz pela sua prestação, mas ambiciona mais e melhor, prometendo a “exibição da vida” nos campeonatos europeu e mundial que se seguirão nos próximos anos.

Se calhar faltou mesmo aquilo que o mister Conceição também tinha dito, fazer a exibição perfeita, sou extremamente exigente comigo e tinha dito a mim mesma que nesta final eu teria de fazer o jogo da minha vida. Apesar de ter feito uma dupla defesa que parece que é a defesa da minha vida, como algumas pessoas comentam nas redes sociais e talvez seja obrigada a concordar, por ser numa final e contra o Brasil e dada a qualidade que do outro lado existe, mas ainda não foi desta que fiz o jogo da minha vida”, assumiu.