Recorde as incidências da partida
Luís Conceição (selecionador de Portugal):
“É muito difícil perder uma final de um Mundial, mas não nos podemos esquecer que somos vice-campeãs, não é fácil alcançar este feito. Estas jogadoras têm feito um percurso fantástico. Esta vitória é delas, com esta qualidade e este compromisso construíram o espaço delas. São vice-campeãs, perdemos com o Brasil, que na sua história só tem uma derrota. Só temos de ficar bastante orgulhosos. Claro que queríamos mais. Tentámos. Parabéns ao Brasil, uma seleção recheada de muito talento individual, com uma qualidade incrível, do melhor que o futsal feminino tem. Nós também temos muitas armas, tentámos igualar, mas não foi fácil. Parabéns ao Brasil”.
Ana Azevedo (jogadora e capitã de Portugal):
“Infelizmente, não é fácil para nós. Acima de tudo deixo uma palavra à equipa. Estou muito orgulhosa delas, daquilo que fizemos e do percurso que fizemos até aqui. Acho que os 3-0 não espelham o que foi o jogo. Acho que poderíamos ter tido mais bola, mas, infelizmente, também fomos condicionadas por alguns momentos do jogo. E quero dar os parabéns ao Brasil: foi um justo vencedor. Acima de tudo, olhar para Portugal. Por aquilo que fizemos, merecíamos mais. Se calhar não foi um jogo tão bem conseguido como aquilo que queríamos, mas saímos orgulhosas. Tristes, mas orgulhosas.
Somos enormes e vamos continuar a ser. O nosso percurso ainda agora começou. Se calhar, houve alguns momentos do jogo que poderíamos ter gerido de forma diferente. Continuo a dizer que fomos, infelizmente, condicionadas por fatores externos, mas faz parte e também temos que saber lidar com isso. Mais uma vez, um orgulho enorme nas minhas jogadoras. Sou a capitã e dou a cara por elas. Para os portugueses, deixo uma palavra: vamos fazer mais e melhor”.
Fifó (jogadora de Portugal):
“Obviamente, é um momento difícil, queríamos muito, muito ganhar. Trabalhámos e estivemos estes dias todos juntas a trabalhar para isto. Fica um sentimento de angústia por não conseguirmos atingir o primeiro lugar, mas também fica um sentimento de muito orgulho e de muita dedicação que tivemos entre nós.
Quero agradecer também às pessoas que conseguiram vir aqui, às Filipinas, para nos verem diretamente no pavilhão porque nos deram também uma força extra, mesmo quando nós, às vezes, já não acreditamos que é possível.
Estes momentos de competição preparam-nos sempre melhor para o que aí vem. E, como disse, esta equipa trabalhou muito, merecia muito levar isto para Portugal, para o pé dos nossos. Infelizmente, não caiu para o nosso lado, mas vamos continuar a trabalhar todas juntas e temos que arranjar forças e agarrar nestes pequenos detalhes e nas derrotas para nos erguermos e mostrarmos ao mundo inteiro que somos capazes. Aliás, acho que ter chegado aqui e com as exibições todas que tivemos já o conseguimos”.