Recorde aqui as incidências da partida
Nuno Dias (treinador do Sporting):
“A organização da Ronda de Elite foi a grande mais-valia e arma que tivemos. Poder organizar na nossa casa, perante os nossos adeptos, sem ter de viajar e de preparar logísticas, foi bom para nós, já que desportivamente não foi bom para nós. Este era claramente o único grupo com três candidatos.
Penso que, com toda a justiça, fomos a melhor equipa que se apresentou na Ronda de Elite. É pena não termos o pleno de vitórias, queríamos vencer e jogar com uma melhor exibição. A competição, os adeptos, o pavilhão e a organização mereciam um jogo com mais qualidade.
Desde que o Sporting foi campeão europeu em 2019, apenas três jogadores se mantêm no plantel: João Matos, Alex Merlim e Gonçalo Portugal. As mudanças têm sido muitas, mas o ADN e o espírito competitivo mantêm-se. Este grupo tem um caráter incrível. Tem sido um barco difícil de levar, devido a tanta competição e jogos em tão pouco tempo. Não fosse o jogo com a Quinta dos Lombos, tínhamos passado esta fase com um pleno e a um nível extraordinário, mesmo com as dificuldades.
É a quinta final four consecutiva e esta tem nuances interessantes. Na primeira vez que o Sporting ganha a Liga dos Campeões, ficámos em segundo no grupo do Kairat na Ronda Principal, jogámos em casa na Ronda de Elite contra outra equipa portuguesa, precisávamos do empate e passámos com o empate no último jogo, tal como agora. Na final four, acredito que estejamos nós, Kairat e duas equipas espanholas, tal como nessa edição. Não sou muito destas coisas, mas parece que se está a compor para nós.
Para organizar uma final four, precisamos de um pavilhão com 5.000 espetadores, no mínimo. O único assim é a MEO Arena, que provavelmente terá outros eventos nessas datas. Portugal merecia que essa reserva existisse com mais regularidade, percebendo quais são as datas e que as equipas portuguesas vão marcando presença assídua nesta fase. Cabe a quem dirige o futsal pensar também neste pormenor.
São nove presenças na final four em 12 anos. Esta é a quinta consecutiva. Não há nenhuma equipa a conseguir isto. Quando batemos recordes, é sinal de que estamos a conseguir algo que nunca ninguém fez. O que estamos a fazer é algo extraordinário”.