Recorde as incidências do encontro
Nunca se falou tanto no fim de ciclo como esta época. Depois de acabar a fase regular na frente, o Sporting tremeu ao chegar aos play-offs. A equipa de Nuno Dias viveu aí a sua pior fase da temporada e, depois de falhar o título europeu, precisou de três jogos para deixar pelo caminho o Ferreira do Zêzere e os Leões de Porto Salvo, enquanto o Benfica parecia chegar à decisão em trajetória totalmente oposta, sem perder nenhum dos encontros frente a Eléctrico e SC Braga.
O início das finais confirmou o momento das duas equipas, com o Benfica a vencer o primeiro jogo nos penáltis, depois de andar sempre na frente do marcador nessa partida disputada em casa do rival. No entanto, a resposta chegou quatro dias depois e a decisão acabou mesmo por chegar ao jogo 5, o que não acontecia desde a época 2018/19.
Depois de deixar escapar, no prolongamento, a possibilidade de ser campeão no Pavilhão da Luz, o Sporting entrou com tudo neste regresso a casa e começou a dominar a final desde o início da partida. Depois dos avisos de Taynan e Tomás Paçó, Zicky (3'), ao seu estilo, abriu o marcador com remate à meia volta de pé esquerdo.

O ritmo não estava tão frenético, até porque no jogo 5 qualquer erro pode ser fatal, mas a equipa de Nuno Dias continuou por cima do encontro e acabou por chegar ao 2-0 depois de um remate espetacular de Merlim (8') ao ângulo da baliza de Léo Gugiel.
Apesar de chegar cedo às quatro faltas, o Sporting conseguiu defender-se bem, mas acabou por sofrer perto do intervalo. Henrique ainda evitou o golo de Chishkala com uma grande intervenção, mas Diego Nunes (17'), num fora estudado pela equipa de Cassiano Klein, fez o primeiro golo nesta final e levou o 2-1 para o intervalo.
Se a primeira parte foi marcada por alguma tensão que afetou o ritmo do jogo e a criatividade das duas equipas, o segundo tempo teve todos esses fatores em dose redobrada, especialmente depois da expulsão de Merlim (22'). O Benfica aproveitou a superioridade numérica e chegou ao 2-2 por Arthur (22') logo a seguir, com o brasileiro a bater Gonçalo Portugal com um remate ao primeiro poste.
O empate obrigou as duas equipas a assumir maiores cautelas, mas o Sporting voltou a crescer à entrada para os últimos 10 minutos. Taynan (25') rematou ao poste, Tomás Paçó (29') atirou à malha lateral, Wesley (31') assustou os adeptos benfiquistas com um disparo a rasar o ferro e Paçó (31') obrigou Gugiel a uma grande intervenção para segurar o empate.
Depois das oportunidades, o golo. Taynan (33') apareceu à entrada da área e, com um toque subtil, aproveitou uma reposição de jogo rápida para fazer o 3-2. Os festejos levaram à interrupção da partida depois da queda de um pequeno vidro junto ao banco do Benfica (ninguém se aleijou), mas o Sporting manteve a superioridade na partida, com os encarnados a chegar à quinta falta a sete minutos do fim, depois de André Coelho travar Zicky Té de forma irregular.

A menos de cinco minutos para o final, Cassiano Klein apostou no 5x4 e foi mesmo Diego Nunes (36'), encostado ao segundo poste, a fazer o 3-3, a passe de Lúcio Rocha pela esquerda. O Benfica aproveitou o embalo e, a pouco mais de 2 minutos para o fim, chegou à vantagem pela primeira vez no jogo 5, com um remate de longa distância de Léo Gugiel que desviou em Afonso Jesus e enganou Henrique.
Nuno Dias reagiu de imediato e, após pausa técnica, o Sporting adotou o 5x4 que quase foi fatal de imediato, com Léo Gugiel a rematar ao poste da baliza leonina. O minuto final foi disputado junto à área benfiquista, mas a equipa encarnada não deixou fugir o triunfo e voltou a sagrar-se campeão, desta vez em casa do eterno rival.
