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Futsal: Nuno Dias dá parabéns ao Benfica, Klein diz que exigência aumentou e Afonso realça crença

Benfica sagrou-se campeão
Benfica sagrou-se campeãoVictória Ribeiro/SL Benfica

Declarações após o jogo Sporting-Benfica (3-4), o quinto da final do campeonato português de futsal, realizado este domingo no Pavilhão João Rocha, em Lisboa

Recorde aqui as incidências do encontro

Nuno Dias (Treinador do Sporting):

“Em primeiro lugar, parabéns ao Benfica. Conseguiu quebrar uma hegemonia de quatro anos de campeonato. Apesar de termos sido vencedores da Taça da Liga e da Taça de Portugal, não conseguimos o penta que ambicionávamos muito.

Entrámos bem, mas depois houve algumas contrariedades que nos fomos habituando ao longo do tempo. Passámos para a frente, mas sofremos um golo de ressalto, um golo de 4x3 outra vez - somos a equipa com mais amarelos e expulsões -, de 5x4 numa altura em que podíamos ter aumentado a vantagem e o golo do título com um remate do Léo Gugiel a muitos metros, com um desvio. Tivemos chances claras para, pelo menos, levarmos o jogo para prolongamento.

Nós mudamos sempre coisas de época para época, mesmo ganhando. Há sempre coisas para ajustar. Se tivéssemos sido campeões, havia coisas para mudar, pois as equipas precisam de se renovar. É a lei da vida e não tem a ver com o resultado.

O Sporting jogou nove vezes com o Benfica este ano e, em 40 minutos, este foi o único que perdeu, e reparem na forma como perdeu. Parece-me que fizemos um trajeto muito bom. Não foi brilhante, pois não fomos campeões, mas, na maior parte dos jogos contra este adversário, fomos melhores. Contudo, o jogo vive de resultados e o de hoje ditou o título nacional”.

Cassiano Klein (Treinador do Benfica):

“Era um desafio muito grande para nós. Quando cheguei ao clube, via um grupo com uma qualidade incrível, mas não conseguia vencer e isso machucava, pois trabalhavam muito duro. Fico feliz em vê-los a vencer, pois eles merecem. Este sentimento é o que mais marca nesta época.

A mensagem ao intervalo é importante, mas o que está marcado é o trabalho da época. Gostaria de ter uma frase impactante para mudar e sempre alguma coisa contribui, mas eles sabiam que tinham potencial para competir até ao final. É fácil falar quando vencemos, mas, mesmo se o resultado não fosse o que queríamos, tinha a ideia da entrega e qualidade deles.

Qualquer equipa do mundo melhora com um título. Quando vencemos alguma coisa, às vezes achamos que resolvemos tudo. Serve para trabalhar a nossa humildade, podemos achar que somos os melhores do mundo, mas somos uma equipa que venceu e temos só esse mérito. Temos de ter consciência de que temos de trabalhar muito duro, pois a exigência aumentou. O trabalho e o empenho de certeza que não vão faltar”.

Afonso Jesus (Jogador e capitão do Benfica):

“Não dei conta que o golo tinha sido meu. Na minha cabeça, tinha sido do Léo Gugiel. É o momento mais marcante da minha carreira, pois fui campeão pelo clube do meu coração. Mesmo tendo perdido dois troféus (Taça de Portugal e Taça da Liga), a equipa não deixou de acreditar num processo novo e em ideias novas. No final do jogo, o título até podia não ser nosso, mas a crença era tão grande que o golo é de todos.

Agora, tenho de descansar muito bem e ter bem ciente que, no dia em que voltar ao trabalho, é impossível o Benfica se apresentar somente como se apresentou hoje. O Sporting não vai parar e a mentalidade que esta equipa técnica implementou vai fazer com que cheguemos ao primeiro dia da pré-época dispostos a aprender ainda mais e a lutar pelos títulos”.