Recorde aqui as incidências do encontro
Noite de jogo grande no Pavilhão João Rocha, entre o campeão e vice-campeão à medida que se aproxima o final da fase regular do campeonato. O equilíbrio é tal que, à entrada para esta partida, houve uma vitória para cada lado e um empate nos três jogos disputados esta temporada, o último dos quais a favor dos bracarenses, na Supertaça. Alex Merlim foi homenageado antes do arranque da partida por completar 400 jogos de leão ao peito.
Com isto e a liderança em mentes, os leões entraram com tudo até à lesão de Bernardo Paçó, que baixou um pouco o ritmo da partida, até então bem alto. Henrique entrou para o seu lugar, a tempo de ver de perto o golo inaugural de Sokolov que aguentou bem a pressão de Bebé e, à meia volta e de primeira, disparou de pé esquerdo ao ângulo, aos sete minutos. O SC Braga respondeu, somando várias oportunidades para chegar ao empate, nomeadamente um remate de Tiago Brito ao poste.
A pressão viria a dar quasultado quando, a um minuto do descanso, um belo desenho do coletivo bracarense fez a bola rodar de um lado para o outro, com Ítalo Rosetti a fazer o último passe antes do remate certeiro de Tiago Sousa. Ainda assim, nos últimos instantes, Diogo Santos e Zicky Té estiveram perto de levar o Sporting em vantagem para o balneário, mas a igualdade manteve-se.
Já quentinho na primeira parte, o duelo continuou a subir de temperatura quando, apenas cinco minutos após o intervalo, o SC Braga chegou à igualdade. Houve falta à entrada da área e o laboratório de Joel Rocha funcionou, com uma jogada estudada que enganou toda a gente e permitiu a Tiago Brito empurrar para a baliza e assinar a reviravolta. Seguiu-se uma chuva de cartões, com o capitão verde e branco, João Matos, a ser expulso.
Quando o nevoeiro da tensão se dissipiu, Zicky Té foi o mais esclarecido e aproveitou uma recuperação alta de Diogo Santos para bater Dudu e fazer o 2-2. O empate levou a um ritmo ainda mais alucinante, com múltiplas oportunidades, principalmente para o Sporting, que só não passou para a frente do marcador porque Rafa Henmi estava no sítio certo e evitou o remate de Wesley na linha de golo, enquanto Sokolov atirou ao lado um livre de 10 metros.
Do outro lado, a cinco minutos da buzina, Ricardo Lopes fez um remate enrolado, Fábio Cecílio desviou e, em cima da linha de golo, Hugo Neves conseguiu fazer o mais difícil e atirar pela linha lateral. Um minuto depois, a pressão alta do Sporting funcionou mal, Fábio Cecílio rodou em superioridade numérica, fez uma tabela com Hugo Neves e empurrou, a meias com Zicky Té, para fazer o 2-3!
Logo a seguir, Hugo Neves foi empurrado por Taynan dentro da grande área e assumiu a cobrança da grande penalidade. O ex-Sporting não deu hipótese a Henrique e aumentou para 2-4. No seguimento, a bola foi a meio-campo e foi a vez de Taynan colocar sobre si a responsabilidade de recolocar a equipa na partida, ao fazer uma primeira simulação de pé esquerdo, antes de rematar de pé direito e reduzir para 3-4.
A 52 segundos do fim, Taynan marcou, mas o golo foi invalidado porque foi marcada uma falta a favor do Sporting e novo livre direto. Desta feita, foi Alex Merlim quem assumiu a despesa e não perdoou, assinalando o 400.º jogo com um golo importantíssimo. Mas não ficaria por aqui! 20 segundos depois, uma bola parada cobrada rapidamente pelo internacional italiano encontrou Zicky Té ao segundo poste para o desvio e a reviravolta a 5-4!
Que maravilha é ter o melhor campeonato de futsal do mundo. Na sexta-feira, o Benfica operou uma reviravolta semelhante na receção ao Leões de Porto Salvo, que, na altura, valeu a liderança provisória (pode consultar a crónica aqui), entretanto roubada pelos campeões nacionais.
Outros resultados
Eléctrico 4-1 Ferreira do Zêzere
Lusitânia 2-2 Dínamo Sanjoanense
