- Nuno Dias (treinador do Sporting):

“Em primeiro lugar, parabéns ao Benfica por ter vencido e por ter tido uma desvantagem tão grande frente a uma equipa forte como o Sporting e conseguir levar o jogo a prolongamento. Acreditaram e foram trabalhando para anular a desvantagem. O futsal é mesmo assim, os jogos nunca estão ganhos nem perdidos e hoje foi exemplo disso.

Quando o jogo estava 4-2 a nosso favor, o Taynan tem uma bola de baliza aberta e podia ter passado o resultado para 5-2 quando faltavam poucos minutos para terminar. O Benfica, depois, fez o 4-3 e, depois, sofremos o 4-4, e o jogo foi para prolongamento. Aí, o jogo foi dividido e, provavelmente, uma decisão errada da minha parte, acabou por permitir que o adversário chegasse ao golo.

Não tenho nada a dizer dos meus jogadores, que tinham muita fadiga acumulada nessa fase. Com cinco faltas, a minuto e meio do fim, havia necessidade de ter a bola e gerir a posse, mas, naquele momento, as coisas não saíram como queríamos. É como o totobola à segunda-feira: se fosse agora, depois de as coisas terem corrido desta forma, poderíamos não ter arriscado desta forma. O jogo é assim.

O Benfica ganha e não tenho nada a apontar ao empenho dos meus jogadores. Num jogo equilibrado, caiu para o lado do Benfica”.

- Mário Silva (treinador do Benfica):

“Como todas as vitórias, esta sabe muito bem. Do ponto de vista técnico, durante os 40 minutos, procurámos não misturar a emoção com a razão. Depois, é uma descarga emocional grande. Uma mistura de sentimentos e emoções. Acima de tudo, quem aqui esteve pôde viver a experiência de um jogo de emoção até ao fim e isso só engrandece a nossa modalidade.

O Sporting tem uma excelente equipa, excelente equipa técnica, treinador e estrutura. Como eles, o Benfica tem isso tudo. Muitas vezes, esquecemos que estes dérbis são o melhor que há no mundo nesta modalidade e perdemos mais tempo a criticar e chamar a atenção do que a enfatizar o que de muito bem foi feito hoje.

São duas equipas que se equivalem muito, que estão talhadas para ganhar. Fomos melhores nos momentos bons e nos momentos maus. Quando o resultado está 3-0 nós tínhamos mais oportunidades de golo, mas o Sporting tinha sabido competir melhor. A partir daí, transfigurámo-nos. O nosso público foi incansável e levou-nos para a frente".

- João Matos (capitão do Sporting):

“Entrámos muito fortes num jogo em que o Benfica errou e soubemos aproveitar esses erros. Houve algum mérito nosso e demérito do adversário. Chegámos à frente do marcador com 3-0 e o Benfica tem alguma sorte em ressaltos para reduzir a desvantagem. O Benfica foi atrás do resultado e nós baixámos muito a defesa e podíamos ter matado o jogo em alguns lances, mas não o fizemos.

Estamos mais do que habituados a que o resultado seja assim. A qualquer momento o resultado pode virar com lances em que a bola desvia num jogador e dá golo. Temos que retificar algumas coisas e olhar para o que fizemos. Faz parte do desporto. Os mesmos que há dois meses choravam por perder o campeonato, hoje estão felizes por ganhar uma Supertaça. Temos que levantar a cabeça e trabalhar para o Braga que aí vem”.

- Afonso Jesus (jogador do Benfica):

“O segredo para vencermos este jogo começou há um mês e uma semana atrás quando nos começámos a trabalhar. Preparámo-nos para esta Supertaça e queríamos muito conquistá-la e dá-la ao Benfica.

O jogo não começou como queríamos, mas vínhamos com um plano definido. Sabíamos perfeitamente o que queríamos fazer e não desistimos até ao último segundo. A meu ver, foi uma vitória muito justa para o Benfica.

É um início de época bastante positivo graças ao título, obviamente, mas, acima de tudo, pelo trabalho que desenvolvemos neste mês e uma semana e que nos dá garantia de, daqui para a frente, se continuarem a ser feitas as coisas desta maneira, o Benfica pode ganhar mais vezes.”