Recorde as incidências do encontro
Nuno Dias (treinador do Sporting):
“Todos os golos são importantes. Ficar na frente do marcador na fase inicial foi importante porque deu confiança, mas ainda no ano passado, na Supertaça, o Sporting esteve a ganhar por 3-0 e perdeu no prolongamento. No futsal tudo muda muito rapidamente.
O Sporting foi um justo vencedor. Equipa esteve irrepreensível a interpretar a estratégia. A diferença do Sporting para o Benfica não é 5-1. O jogo acabou por disparar porque fomos eficazes. Não devemos olhar para o resultado e pensar que foi um jogo fácil ou que há um desnível muito grande entre as duas equipas.
As equipas são equilibradas e este resultado está relacionado com a forma como o jogo se desenrolou e como fomos gerindo as dinâmicas do Benfica, que conseguimos contrariar e sair com eficácia no contra-ataque.
Ninguém está à espera de uma diferença assim num jogo entre Sporting e Benfica, mas a diferença também não é esta. É normal que se pense que o Sporting-Benfica é uma final antecipada, mas nas taças muitas vezes há surpresas.
O Benfica foi um super adversário, mas temos de encarar o Quinta dos Lombos da mesma forma porque estamos sujeitos a ser surpreendidos.
(Sobre a final) O Quinta dos Lombos para estar na final tem de ter qualidade. Já empataram no João Rocha 5-5 esta época, eliminaram o Sporting Braga e o Caxinas. É um adversário que está a fazer ressurgir um jogador com muita qualidade, que é o Willian. É uma equipa com jogadores de qualidade e experientes.
Numa final tudo pode acontecer, tudo faremos para contrariar isso e para conquista um troféu. Já perdemos a Supertaça que não estava nos nossos planos e vamos tentar ganhar este, com todo o respeito pelo Quinta dos Lombos”.
Cassiano Klein (treinador do Benfica):
“Sabíamos o poder de fogo do Sporting, é uma equipa que erra muito pouco. Concedemos dois golos que a este nível não podem acontecer, mas ainda conseguimos reagir e fazer o 2-1. Mas, logo a seguir, sofremos um novo golo.
Não conseguimos entrar no jogo, apesar de termos bons momentos. Faltou-nos o golo para encarar uma equipa com maturidade e um bom conjunto.
Disse ao grupo que tínhamos de fazer o melhor jogo da época, pois era a única chance de podermos vencer. Lutamos muito, mas não conseguimos meter em campo tudo o que preparámos.
(Sobre estratégia para a segunda parte): O futsal é um jogo muito rápido e dinâmico. Tentamos pressionar para fazer um golo numa perdida do adversário, ou ter criatividade nas saídas para o ataque. Nesse aspeto da criatividade não estivemos ao nível de outros jogos.
Isso facilitou a tarefa do Sporting, porque ficaram confortáveis no jogo. A nossa equipa precisa aprender, estamos juntos há apenas seis meses, e não é simples enfrentar um adversário que trabalha há muitos anos, com muita maturidade, e bem treinado.
O nosso desafio é melhorar em cada jogo para sermos mais fortes. Este gosto amargo da derrota tem de servir para melhorar no futuro”.