Recorde as incidências da partida
Jorge Braz (selecionador português de futsal):
“Foi um jogo muito incaracterístico, com a Macedónia do Norte, com as armas deles, a querer baixar o nível e amolecer o jogo, para não nos permitir ter bola, a nossa dinâmica e provocar o desgaste que geralmente provocamos. Nem sempre nos sentimos confortáveis. Faltou algum conforto e pressionar com confiança. Corremos riscos num ou noutro momento, mas prefiro correr esses riscos e irmos nós à procura."
"Com tanta oportunidade na primeira parte, podíamos ter construído outro resultado. Chegou o momento, com 2-0, quando optámos mais pela segurança do que pelo risco e, depois, chega o 3-0. Acho que merecíamos mais golos, mas a Macedónia do Norte descaracteriza e nem sempre permite que seja um jogo com intensidade, como nós gostamos. Adaptámo-nos, ajustámos e é inequívoca a vitória."
"Há um longo período até ao Europeu, com muitos momentos de preparação. Ainda temos a quinta e sexta jornadas e queremos os seis pontos ainda em disputa. Esse é um objetivo claríssimo. Depois, vem um longo processo para nos prepararmos bem e chegarmos lá com as pernas frescas, a cabeça limpa e jogar com a alegria habitual. Acreditamos que podemos ter um produto final muito bom no Campeonato da Europa."
"Temos feito qualificações limpas. Esperava e dizia que vamos ter todos os pontos possíveis. Aqui, sabia que teria 12 pontos e não esperava que, neste momento, estivéssemos qualificados. Se não fosse agora, ia ser na próxima jornada. Se tivesse de ser só na última, ia ser na última, mas tínhamos de nos qualificar”.
João Matos (capitão da seleção portuguesa de futsal):
“As expectativas são sempre boas, olhando à qualidade que temos. Com confiança no processo e muita ambição, somos capazes de estar novamente lá em cima. Logicamente que isso tudo acarreta muito trabalho e consistência. Se Deus quiser, que não haja lesões, para dificultar um bocadinho a cabeça ao Jorge Braz. Olhando à qualidade interna, temos de estar confiantes de que podemos fazer um bom Europeu."
"A Macedónia do Norte veio com uma abordagem ao jogo totalmente diferente da que teve em casa e que não é normal. Hoje, não teve um bloco tão fechado e com tantas coberturas como teve no jogo lá. Demorámos um bocadinho a adaptar perante essa pressão da primeira linha, o que fez com que tivéssemos de acelerar o jogo. Essa rapidez, muitas vezes, fez com que o nosso jogo fosse menos organizado. Faltou-nos ter intensidade e aceleração, com organização, para termos mais oportunidades de golo."
"Não vivemos do passado. Provámos isso ao longo dos últimos anos, com conquista atrás de conquista. Não baixámos a guarda depois de 2018, fomos atrás de mais e melhor, mas o desporto muda de um dia para o outro e no Mundial mudou rapidamente, pois estávamos no céu e voltámos a cair. Agora é uma nova etapa para todos e vamos ter de voltar a trepar uma montanha. Claro que voltar a Kaunas é bom, mas será melhor se ganharmos outra vez."
"Irei sempre fazer a minha parte, mal ou bem. Cabe a mim dificultar a cabeça ao Jorge Braz. Vou-me cuidar e preparar, quero estar bem fisicamente. Sinceramente, ainda não sei a minha vida daqui a cinco meses, mas, se estiver a jogar ao mais alto nível, serei convocável e estou disponível para a seleção. Vamos ver o que o futuro nos reserva”.